Padre Roberto Landell de Moura este é o nome do padre brasileiro responsável pela invenção do primeiro transmissor de ondas, responsável pela transmissão de voz sem fio. Ele é considerado o inventor do rádio e do telefone sem fio.
O lamentável é que só houve um reconhecimento científico de tais feitos após sua morte. É considerado o patrono dos radioamadores do Brasil.
Nascido em 21 de Janeiro de 1861, gaúcho de Porto Alegre. Ordenou-se padre em 1886 em Roma. Em toda a sua vida conseguiu conciliar ciência e religião, estudioso e inventor, nunca abandonou a batina e nem sua vontade de descobrir inventos para o bem da humanidade.
Seu principal invento era baseado num microfone eletromecânico que captava as ondas sonoras e as armazenava numa espécie de câmara de ressonância e as transmitia aos ouvidos das pessoas através de uma antena.
O telefone sem fio foi outro grande invento do brasileiro. Elaborou um sistema em que a luz captava as ondas sonoras. A luz variava de intensidade de acordo com as pressões das ondas de voz.
Este sistema primitivo funcionou como base para a invenção das fibras óticas, responsáveis pelas maravilhas que temos hoje, na área de transporte de informação a grandes distâncias.
Em sua época, foi tratado como louco pela comunidade científica, pelo governo e pelos jornais que declaravam que seus inventos não passavam de “amargas decepções”. Inclusive a igreja não acreditava em sua capacidade de inventor, transferindo-o para paróquias onde não havia energia elétrica.
A rejeição era tanta que certa vez teve seu laboratório e seus instrumentos destruídos, em sua casa paroquial em Campinas.
Teve que se mudar para os Estados Unidos para que houvesse apoio e incentivo para seus inventos. Em 1902 seus inventos foram noticiados num jornal americano, e aclamados pela comunidade científica americana.
Voltou ao Brasil, e mesmo assim, não era aceito pelos seus inventos. Tratavam-no com desprezo, como se fosse um padre alienado.
Contraiu uma tuberculose e veio a falecer em 30 de Junho de 1928 aos 67 anos num completo anonimato científico.
O reconhecimento de sua capacidade só veio após a morte, em 1987 quando um grupo de cientistas de Porto Alegre fez uma demonstração pública que seus inventos realmente funcionavam.
As anotações e os documentos que comprovam seus inventos estão armazenados no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.