O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 1939, no governo de Getúlio Vargas. É o maior remanescente de mata Atlântica da região Sul do país. A biodiversidade da região é fantástica: aves, répteis e mamíferos dividem espaço com araucárias e perobas. As cataratas são formadas na foz do Iguaçu, quando ele deságua no rio Paraná. Iguaçu significa “água grande” em tupi-guarani.
Do outro lado da fronteira, na Argentina, a região também é protegida por leis federais. As duas reservas formam o maior contínuo biológico do centro-sul do continente, com mais de 600 mil hectares.
As cataratas ficam na tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. São três cidades irmãs: Foz do Iguaçu, do lado brasileiro, Ciudad del Este, do paraguaio, e Puerto Iguazú. Até o começo do século XX, as cataratas ficavam numa propriedade particular. Alberto Santos Dumont, o inventor do avião, visitou a região e ficou encantado. Fez lobby junto ao governo do Paraná para que este espetáculo natural se tornasse público.
As cataratas se formam num cânion de 2.700 metros de comprimento. São 275 quedas, que podem ser visitadas em caminhadas, onde se pode praticar escalada em rocha, arvorismo, rapel, caiaque e tirolesa, por exemplo. Tome cuidado com os quatis, abundantes na região, que não se incomodam com a presença de humanos e podem roubar lances, câmeras e óculos dos mais desatentos. Mas é interessante observar sua movimentação.
A infraestrutura do parque é perfeita para atender os turistas: um hotel foi autorizado a se instalar no parque e há estacionamento, restaurantes com vista para as cataratas e transporte até os principais mirantes, para quem prefere mais conforto. Também é possível sobrevoar a região de helicóptero.
A cidade de Foz do Iguaçu conta com bons hotéis, de pousadas simples a hotéis bastante sofisticados. Há bons restaurantes e o sistema público de transportes é bem organizado. O melhor período para conhecer a cidade e as cataratas é na primavera e verão, quando as chuvas mais abundantes tornam as quedas ainda mais bonitas. Mas os preços sobem.
Pode-se chegar a Foz de avião (a cidade tem um aeroporto internacional), de carro (pela BR-116 até Curitiba e em seguida pela BR-277) e há linhas regulares de ônibus que servem a região.
Aproveite a viagem para conhecer também a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior produtora de energia limpa e renovável do planeta. É possível unir o passeio a boas compras. Basta cruzar a Ponte da Amizade e chega-se a Ciudad del Este, famosa pelos preços populares de eletrônicos, brinquedos, roupas e bebidas. Mas vá de táxi ou ônibus: são apenas dois quilômetros, mas o risco de assaltos na ponte é grande. E o trânsito em Ciudad del Este é caótico.