A vida é cheia de necessidades e fazer a alegria dos amigos e parentes é um dos motivos para estarmos aqui neste planetinha. No entanto, além da saúde, do trabalho, do dinheiro, às vezes a alegria está apenas em alguns momentos se divertindo com brincadeiras e jogos e, nestes tempos em que está difícil ficar na rua sem ser assaltado, uma sala de games pode fazer a festa.
Afinal, com eles, é possível resgatar uma princesa sequestrada, livrar-se de uma ameaça alienígena, jogar tênis ou futebol, encontrar tesouros perdidos ou simplesmente pôr a imaginação para funcionar nos labirintos intermináveis do Pac Man.
É claro que alguém pode organizar os games com todos os consoles, todos os controles e, claro, todos os jogos, organizados por ordem alfabética em um ambiente climatizado, limpo e controlado. No entanto, isto é um museu, não é uma sala de games. Nesta sala, crianças, adolescentes e jovens – em outras palavras, dos oito meses as 800 anos – podem escolher entre games retrô e os de última geração, como os da Xbox One, da Microsoft, e o Playstation 4, lançados a menos de um ano.
Nada contra museus, que também são ótimos. O primeiro game é de 1947 (um jogo de mísseis acertando alvos que eram simplesmente pontos fixos em uma tela) é pode ser divertido viajar por esta história toda. Mas estamos falando de jogar, não apenas de conhecer.
De volta ao passado
Será que existe alguém ainda com saudade do telejogo? Ele foi lançado em 1978 e oferecia tênis, futebol, tiro, voleibol e paredão. Na verdade, na contramão do que acontecia no mundo todo, o telejogo só exibia barras pretas e brancas se movimentando em sentido vertical: “ver” o jogo na tela da televisão dependia da criatividade dos jogadores. Mas é preciso ter ao menos um destes consoles na sala de games dos sonhos, ao menos para matar a curiosidade dos games.
O Brasil tinha uma “lei de reserva de mercado” que proibia a importação de videogames, um sucesso total nos EUA, Japão e Europa. O objetivo era dar espaço no mercado para operadores brasileiros. Os poucos consoles no país eram fruto de contrabando ou chegaram na bagagem de pessoas que viajaram ao exterior – claro, sem declarar para a Receita Federal.
Só em 1984 a lei caiu e chegou ao país, nas lojas Mappin e Mesbla, o videogame Atari 2600. O console, cujo joystick era equipado com uma “alma” que se quebrava a cada movimento mais rápido, iniciou a videogamemania no Brasil, com Hero, Enduro, Pitfall, Sea Quest, River Raid, etc. O console e todos os seus cartuchos também vão para a sala de games.
Equipando a sala
Todo gamer que se preze tem ao menos um cantinho para jogar. Pode ser a lateral do sofá, a escrivaninha do computador e até a própria cama. Mas estamos falando de um espaço muito especial, onde a maioria dificuldade seria escolher o primeiro jogo. Um espaço para reunir os amigos, trocar experiências e disputar muitas partidas.
Existem muitos equipamentos de áudio e vídeo que tornariam nossa sala de games impressionante, mas vamos pensar apenas em alguns equipamentos e acessórios que permitam a diversão sem interrupção para novelas ou noticiários.
Em primeiro lugar, uma televisão, o ponto central da sala. Quanto maior, melhor (no mercado brasileiro, a maior tem 84 polegadas), com resolução ultra HD (ainda são poucos os jogos e programas que utilizam a tecnologia, mas eles estão a caminho). Um home theater com surround sound melhora a performance dos jogos e ajuda a criar o clima – seja simulando uma torcida de futebol, seja o barulho de uma floresta ou do oceano.
Os consoles devem estar todos presentes. Certamente os jogadores vão preferir os mais recentes, mas os vovôs dos videogames fazem sucesso. Um emulador de Atari baixado no computador é suficiente para quer dar um salto de 30 anos no tempo.
As cadeiras precisam ser confortáveis e ergonômicas. Para jogos em 3D, o ideal são as com chaise, que aumentam a sensação de interatividade com o ambiente virtual.
Organizar as coisas nem sempre é uma tarefa bacana, mas as estantes são fundamentais. Consoles, controles e jogos precisam estar à mão, e não misturados em uma caixa ou perdidos. É possível usar uma estante com várias divisões como rack; assim, a organização dos consoles e a conexão com a TV ficam mais fáceis e rápidos.
Por último, não se esqueça da instalação elétrica: vários equipamentos eletrônicos plugados ao mesmo tempo exigem um especialista em eletricidade para evitar sustos. E já que estamos falando em energia, mesmo com uma sala de games superpoderosa, vale a pena passar parte do tempo com outras atividades, de preferência outdoor: o corpo e a mente agradecem. O planeta, com o menor consumo de eletricidade, também se beneficia com isto.