A catarata é uma enfermidade caracterizada pela opacidade parcial ou total do cristalino (ou de sua cápsula). Pode ser provocada pelo diabetes, uveítes (inflamações na íris, corpo ciliar e coroide), traumas, uso de alguns medicamentos, exposição excessiva ao Sol, desnutrição, ou mesmo pelo envelhecimento. A doença, que pode prejudicar um ou ambos os olhos, é conhecida ao menos desde os gregos antigos e o tratamento cirúrgico é realizado há séculos.
A catarata também pode ser hereditária e acomete diversos animais. A doença congênita manifesta-se a partir dos primeiros dias de vida e pode ser causada também por toxoplasmose, infecções intrauterinas, citomegalovírus e sífilis. O teste do olhinho, que diagnostica a doença, deve ser feito nas primeiras 24 horas. O tratamento é cirúrgico, preferencialmente até os três meses, complementado com lentes de correção. Pode causar estrabismo e nistagmo (olhos sem coordenação, fixando pontos diferentes ao mesmo tempo).
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A opacidade do cristalino, lente natural do olho que permite a focalização dos objetos, atrapalha a entrada da luz nos olhos e pode provocar desde pequenas distorções na visão até a cegueira completa. O tratamento inicial é feito com lentes de correção, mas a cirurgia é o procedimento mais eficaz.
A técnica cirúrgica mais adotada atualmente é a facoemulsificação: a remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, seguida da implantação de uma lente intraocular. O momento propício é definido pelo oftalmologista, a partir do momento em que os óculos não conseguem mais corrigir o problema. Junto com a cirurgia, podem ser corrigidos erros refrativos (miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo).
O desenvolvimento da Medicina permite que a cirurgia seja feita com incisões minúsculas, entre 2 e 3mm, o que elimina a necessidade de suturas e permite que a intervenção seja feita com colírio anestesiante. O paciente deixa a sala de cirurgia enxergando parcialmente, e a recuperação total acontece em aproximadamente um mês.
Terapias medicamentosas estão sendo experimentadas em alguns países da Europa e também no Brasil, mas ainda não há evidências clínicas sobre a eficácia destes tratamentos.
Os principais sintomas são o ofuscamento (quando o paciente olha para um foco de luz, visualiza um clarão repentino que impede a fixação perfeita do objeto), perda de percepção das cores (as imagens tornam-se amareladas), vista dupla, aumento frequente do grau das lentes de correção. Apesar do tratamento relativamente simples, a catarata é a principal causa de cegueira do mundo.