Especialistas em TVP (terapia das vidas passadas) afirmam que a técnica é útil para tratar bloqueios, fobias, dores sem causa definida e outros problemas de forma rápida, porque coloca o paciente na raiz do problema: um trauma ocorrido em outra existência, que não foi resolvido. A origem do problema pode estar também em não desenvolver as missões e tarefas para as quais o paciente reencarnou, o que provoca insatisfação e sofrimento.
Como fica evidente, a terapia das vidas passadas se baseia na crença da existência da alma e da reencarnação, ou seja, que fomos criados por uma realidade superior e vivemos várias existências sucessivas, seja como punição, seja como oportunidade de aprendizado. Quem crê firmemente na unicidade da existência, após a qual temos um destino fixado eternamente, e quem absolutamente não crê em nada, não são candidatos para a TVP.
A crença na reencarnação é comum em diversas civilizações antigas. Há cinco mil anos, iniciados indianos e egípcios faziam incursões no passado remoto, e os experimentos foram retomados no século XIX, quando o francês Allan Kardec desenvolveu o espiritismo moderno.
Mas o termo terapia das vidas passadas surgiu em 1967, quando o psicólogo norte-americano Morris Netherton desenvolveu um método de hipnose designado hipnose ativa. Com o novo método, o terapeuta levava o paciente a um passado anterior à vida atual. Ao atingir o núcleo do trauma, o inconsciente libera o material psíquico represado, o que Sigmund Freud chamou de catarse. O alívio seria imediato.
Atualmente, a hipnose tem sido substituída pela pesquisa contínua de uma dificuldade pessoal. O paciente, com auxílio do terapeuta, tenta encontrar em si mesmo o motivo de seu sofrimento e, em determinado momento, experimenta uma percepção extrassensorial (PES) em que identifica a origem do trauma e encontra mais elementos para chegar à cura.
A terapia das vidas passadas tem como base a crença na existência de um segundo corpo semimaterial que mantemos depois da morte e seria o elo entre alma (espírito) e corpo físico. É neste segundo corpo, também chamado psicossoma e perispírito, seria o repositório onde ficam as memórias das diversas existências e uma espécie de forma onde o corpo, numa nova encarnação, seria moldado.
Existem vários estudos que comprovam a eficácia da TVP, seja porque realmente tivemos outras vidas, seja porque criamos memórias falsas que nos ajudam a trabalhar a dificuldade psicológica de forma mais objetiva. É mais um instrumento para proporcionar saúde mental.