Muitas são as pessoas que têm alguma dificuldade quando precisam se desapegar de coisas, objetos e lembranças passadas. Algumas dessas pessoas são acometidas pela Síndrome de Diógenes. Embora não hajam critérios claros para afirmar quem possui a síndrome, ela se caracteriza pela obsessão que certos homens e mulheres têm por guardar objetos.
A síndrome é reconhecida quando a obsessão torna-se visível. Casas de pessoas “acumuladores” são abarrotadas por caixas e mais caixas de itens diversos e, na maioria das vezes, sem nenhum uso.
Esse tipo de transtorno faz com que as pessoas que, dele, sofrem guardem objetos de forma desordenada e excessiva. Causa-lhes angústia a própria idéia de ter que se livrar de alguma das coisas que guarda.
Existem casos extremos em que foram encontradas casas tão cheias de tralha e lixo que a proliferação de animais como ratos, baratas e aranhas é gritante. Pessoas que convivem, diariamente, com esse tipo de situação são expostas a perigos e não se sentem confortáveis em suas próprias residências. Há casos de filhos de “acumuladores” que precisaram sair de casa, pois, não havia mais espaço para eles: tudo era lixo.
Um caso registrado no Brasil, em São Paulo, relata a vida de uma mulher cuja casa tinha tanto lixo que ela passou a morar dentro do carro – que, também, era coberto de coisas acumuladas. Essa mulher foi dada como desaparecida e, quando a acharam, descobriram que vivia há dias dentro de seu carro.
O nome da síndrome é uma referência ao filósofo grego, do século IV a.C., Diógenes de Sínope – ou Diógenes, o Cínico – que passou a viver como um mendigo, desfazendo-se de todos os seus bens, em um barril de madeira. Diógenes buscava descobrir o que era preciso para encontrar a felicidade e, para isso, passou a se desapegar de tudo aquilo que não lhe fazia, verdadeiramente, feliz – o contrário do que ocorre com aqueles que sofrem da Síndrome de Diógenes.