O Parque Nacional Masai Mara não é o maior do Quênia, país africano banhado pelo oceano Índico, mas certamente é o mais procurado pelos turistas. Todos os anos, entre maio e julho, ele é palco da Grande Migração, a maior movimentação de animais do planeta: 1,3 milhão de gnus, mais de 300 mil gazelas-de-thompson e 200 mil zebras-de-grévy atravessam as savanas secas do parque, de 1.510 quilômetros quadrados, vindos da vizinha Tanzânia, em busca das pastagens mais abundantes. Os animais percorrem mais de três mil quilômetros para chegar ao seu destino. Grupos menores de búfalos, elefantes, impalas e girafas completam o séquito.
Esta imensa manada é naturalmente aguardada por centenas de predadores: leões, guepardos, hienas e até babuínos – interessados na carne das gazelas. Às margens do rio Mara, o espetáculo fica mais impressionante, com os crocodilos esperando os exemplares mais frágeis. A migração tem início no Serengeti (Tanzânia). Em novembro, com a volta das chuvas, os animais novamente atravessam a fronteira, mas em pequenos bandos.
O Parque Nacional Masai Mara fica logo acima da linha do Equador, numa altitude de cerca de dois mil metros, e seu vizinho, o Parque Serengeti, logo abaixo. Estas condições topográficas proporcionam excelentes condições para a vida animal, mas a distribuição das chuvas é irregular, o que obriga a migração nas secas de inverno. Quando a seca chega ao Serengeti, as chuvas atingem o Masai Mara e vice-versa.
As planícies e mesetas parecem ter sido criadas para permitir a rápida locomoção. Os animais correm a 70km/h, podendo chegar aos 100km/h para fugir de um caçador.
Para chegar ao Masai Mara, é preciso tomar um avião em Nairóbi, capital do Quênia, uma cidade de quase três milhões de habitantes. A região do parque é equipada com bons serviços de hotelaria e gastronomia. Recepcionistas, garçons e guias falam inglês (o Quênia foi colônia britânica, tendo se tornado independente em 1963).
Os safáris fotográficos na reserva são feitos em carros e jipes.
Para ir ao Quênia
Não existem voos diretos do Brasil. É preciso fazer uma conexão em Lagos (Nigéria). O país exige visto de entrada, que pode ser obtido na chegada do país (mediante pagamento de taxa). Dólares são aceitos na maioria dos estabelecimentos comerciais, mas apenas cédulas emitidas a partir de 2001.
As praias do Quênia são um espetáculo à parte. Não deixe de conhecê-las.