As histórias em quadrinhos que conhecemos hoje foram criadas por Richard Outcault, um artista americano no ano de 1895. Algumas características só se consolidaram naquela época, como presença de personagem fixo, acontecimentos divididos em quadros e balões com textos. O Menino Amarelo (The Yellow Kid) apareceu nas páginas de alguns jornais de Nova York. Os desenhos tiveram tanta repercussão que pouco tempo depois os grandes jornais do estado estavam lutando para ter o Menino Amarelo em suas publicações.
Logicamente a estrutura de uma HQ não apareceu do dia para a noite na mente de Richard Outcault. As inspirações para sua aparição vêm de longe, desde a época pré-histórica, quando os homens das cavernas faziam desenhos rústicos nas paredes para contar o eu ocorria em alguns eventos, como suas caçadas.
Outros fatores que pode-se dizer fazer parte das raízes das histórias em quadrinhos são as pinturas das igrejas medievais que contavam a história das últimas horas de Jesus Cristo antes de sua crucificação. A principal diferença entre esse tipo de comunicação e as atuais HQs é a ausência de escrita, apenas as imagens sequenciais. Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisa de HQ da USP, as histórias em quadrinhos modernas possuem dois tipos de linguagem para passar uma informação: a linguística (texto) e pictórica (desenho).
A partir do século 19 a forma de fazer tirinhas começou a se modificar. Os primeiros a incrementar as modernas características principais das histórias em quadrinhos foram Angelo Agostini, Rudolph Töpffer e Georges Colomb. Esses autores foram muito importantes para se chegar ao que temos hoje, juntando as palavras e os desenhos, mas a utilização de falas dentro dos balõezinhos veio somente com o Yellow Kid. Veja como eram os traços e a escrita do Menino Amarelo.