De acordo com mensagens psicografadas por diversos médiuns, Ramatis é um espírito bastante antigo – a entidade migrou de um planeta pertencente ao sistema solar de Syrius há cerca de 40 mil anos –, que teria encarnado pela última vez no século X, na Indochina.
Depois de um período encerrado num mosteiro, em meditação e preces, Ramatis migrou para a Índia, onde fundou uma ordem em que ensinava verdades da espiritualidade para discípulos cuidadosamente escolhidos.
Ramatis teria vivido também no Egito, no século XIII a.C., ao tempo do faraó Amenófis IV, quando exerceu as funções de sacerdote. Neste período, foram banidas as diversas divindades do panteão egípcio, unificadas em Aton, o disco solar. O próprio faraó mudou seu nome para Akenaton. É a primeira experiência monoteísta registrada pela história.
Seus discípulos afirmam que Ramatis é o chefe espiritual de uma equipe de entidades que, encarnadas, tiveram destaque no Cristianismo e nas religiões do Oriente:
Budismo, Xintoísmo e Confucionismo. A missão desta equipe – a Fraternidade da Cruz e do Triângulo – é unir as verdades reveladas nos dois lados da Terra, para promover o autoconhecimento, a ética e a solidariedade.
A Fraternidade da Cruz originou-se no Ocidente, tendo entre seus membros os primeiros mártires cristãos. A Fraternidade do Triângulo é mais antiga: seus primeiros integrantes foram, na Terra, discípulos de Confúcio e Sidarta Gautama, o Buda, que viveram no século V a.C. No século XIX, ordens de esferas superiores uniram os dois grupamentos, para homogeneizar os conhecimentos dos encarnados sobre a vida após a morte.
Fraternidade é o nome dado a um grupo de espíritos com funções específicas junto à humanidade encarnada e aos espíritos perversos, malignos, levianos ou apenas não adaptados às verdades da vida maior. De acordo com várias correntes espiritualistas, muitos homens e mulheres, ao morrerem, não conseguem se adaptar imediatamente à “morte”. Alguns sofrem, outros se revoltam – e às vezes passam a perseguir antigos inimigos – e outros simplesmente permanecem na própria casa, vivendo “a vida em família”.
No Brasil, vários grupos de atividades espirituais dizem ser orientados por Ramatis. Alguns destes grupos se dizem espíritas, apesar de parte das tarefas ser estranha à codificação estabelecida por Allan Kardec, místico francês, no século XIX. Outros estão relacionados à umbanda, projeciologia, apometria e esoterismo. Em comum, todas desenvolvem atividades assistenciais.
Nas redes sociais, há várias comunidades de discussão sobre Ramatis. Na internet, sites divulgam mensagens psicografadas atribuídas ao espírito.