Ninguém sabe ao certo, mas é a astrologia uma das mais antigas mancias – artes divinatórias – criadas pelo homem. O surgimento da astrologia talvez tenha ocorrido quando algum curioso, olhando para o céu, percebeu que algumas estrelas mantinham as mesmas posições, enquanto outras mudavam de posição constantemente. Eram chamadas estrelas fixas e planetas. Na verdade, as estrelas também se movem, mas numa translação muito mais lenta, enquanto nossos colegas do Sistema Solar movem-se mais rapidamente no céu.
Como vêm coisas boas e ruins do céu, como chuvas, brisas, inundações e secas, alguém deve ter ficado imaginando se aqueles pontos errantes no céu tinham alguma coisa a ver com isso.
Um pouco de história da astrologia
Alguns historiadores afirmam que a astrologia surgiu na Suméria, a mais antiga civilização da Mesopotâmia (região entre os rios Tigre e Eufrates, hoje território do Iraque). O horóscopo surgiu também na China (ao menos desde 2000 a.C.), Índia e, quando os gregos expandiram seu império para o Oriente (até a Pérsia, atual Irã), com Alexandre Magno e seus guerreiros, esta arte foi levada para a Europa. Na América, sabe-se que os astecas praticavam uma forma de astrologia com 20 signos. Os conquistadores espanhóis registraram esse conhecimento.
A filha mais velha da astrologia
A astronomia provavelmente nasceu entre os gregos, apesar de haver mapas astronômicos mais antigos, e provavelmente caminhou junto com a astrologia por um longo tempo. Astrônomos mapeavam os astros e também faziam previsões astrológicas.
Os primeiros astrônomos demarcaram 12 constelações, que estariam paralelas ao Equador terrestre. Neste tempo, imaginávamos a Terra fixa no espaço e o Sol, Lua, planetas e estrelas girando sobre nossos olhos. Foi criado um sistema com 12 signos, e o Sol caminha por cada um deles durante 30 dias. Quem nasce com o Sol em Áries, por exemplo, teria características definidas por esse signo, e o mesmo vale para os outros 11. Na verdade, o conceito de constelação é arbitrário: muitas estrelas bastante distantes entre si foram reunidas num mesmo grupo, já que não havia técnica para mensurar a distância dos astros, e assim uma grande estrela que esteja mais distante do Sistema Solar pode parecer próxima a uma de menor grandeza, situada na nossa vizinhança. Além disso, o agrupamento das 12 constelações não segue critérios científicos. Alguns são os mesmos da época em que a astrologia surgiu.
Para onde vão ciência e crença?
Atualmente, há várias correntes astrológicas, inclusive com cursos de níveis superior nos EUA. Seja como for, a astrologia segue como crença, que pode ajudar muitos indivíduos, enquanto a astronomia acompanha postulados teóricos para produzir ciência. São coisas diferentes, ambas úteis ao homem, em nossa atual etapa de evolução. Ficamos assim: cientistas falam de ciência e místicos, das coisas espirituais. Misturar estas coisas é garantia de briga e discussão.