A formação do universo, com todos os seus planetas, estrelas, cometas, asteroides e luas, tem origem na explosão de um ponto que concentrava toda a matéria existente, de densidade altíssima. A explosão lançou toda a matéria e energia existentes, num movimento em expansão. O Big Bang ocorreu há cerca de 13,3 e 13,9 bilhões de anos.
Em determinado momento, volumes de matéria estacionaram no espaço e a força gravitacional começou a delinear as primeiras galáxias, aglomerados de estrelas que se movem em torno do centro do universo. Mas o movimento de expansão continua e, neste momento, novas galáxias estão se formando, e darão origem a sistemas solares: planetas girando em torno de uma estrela.
Pode-se pensar no que havia antes da formação do universo. Alguns cientistas propõem a tese de multiversos: existem vários universos: alguns em expansão, como o nosso, outros relativamente estáveis e outros estão se retraindo, para retornar ao estado de um ponto minúsculo, altamente concentrado de matéria.
Isto também deve acontecer com o nosso mundinho, num futuro extremamente remoto: é o Big Crunch. Outros astrônomos defendem a teoria do Big Rip, a infinita fragmentação da matéria, em todos os seus níveis de organização.
A cronologia do universo é a seguinte: o universo primordial, ainda pouco compreendido, formado por partículas micrométricas em constante atrito, gerando explosões secundárias. Em seguida, surgiu o universo inicial, em que as partículas subatômicas se uniram e formaram os primeiros átomos. Os mais simples são os de hidrogênio, que têm apenas um elétron orbitando em torno do núcleo. O hidrogênio emitiu a radiação cósmica de fundo: nasciam os primeiros quasares. Quasar é a abreviação de quasistellar radio source, ou fonte de rádio quase-estelar. É a matéria prima das estrelas.
O Big Bang foi proposto por Charles Lemaître em 1927, com base na teoria da relatividade, desenvolvida por Albert Einstein. Lemaître batizou seus com o nome de hipótese do átomo primordial. A expressão Big Bang só surgiu mais de 20 anos depois, por um dos detratores da tese.
Fred Hoyle, que defendia um estado estacionário para o universo: as galáxias existiriam desde sempre e nova matéria formada preencheria os espaços entre elas, garantindo a manutenção da densidade e equilibrando as forças gravitacionais. A tese é desacreditada no mundo científico.
Boyle, ao defender suas ideias num programa de rádio em 1949, referiu-se à teoria de Lemaître de forma irônica, chamando-a de grande explosão. Mas o apelido pegou e hoje, com as evidências científicas acumuladas sobre a radiação cósmica de fundo, o Big Bang é considerado praticamente uma certeza.