Do Oiapoque ao Chuí, o que não falta na costa brasileira são points para a prática do mergulho. São duas opções: no snorkeling, ideal para iniciantes, só é preciso tubo e máscara. É para nadar na superfície e observar o leito marítimo. A segunda alternativa é mais radical é o mergulho autônomo, também conhecido como scuba (self contained underwater breathing apparatus). É preciso um cilindro de oxigênio pressurizado, regulador de ar, máscara, nadador, colete de equilíbrio e roupas especiais, não apenas para manter o corpo aquecido, mas também para proteger de arranhaduras.
Vamos começar pelo sul. Saindo da barra de Tramandaí, a cem quilômetros de Porto Alegre, chega-se ao capão da Canoa, distante 14 milhas náuticas da costa, uma viagem de quase três horas. É point para profissionais: as correntes são bastante fortes, mas a visibilidade é boa e a fauna, abundante.
A partir de Santa Catarina, os mergulhadores começam a ficar mais numerosos. Em Florianópolis, pode-se escolher entre a baía Norte, calhau de São Pedro, garganta do Diabo e muitas ilhas e ilhotas. A principal característica é o fundo rochoso. Aqui encontramos grandes peixes, como meros, arraias e garoupas.
Para os mergulhadores mais experientes, o parcel de Torres, a 18 milhas náuticas da barra do Mampituba, é um point especial: esponjas, anêmonas e muitos crustáceos dividem a área com grandes peixes. Não há operações regulares para mergulho na região, mas pode-se contratar um pacote com uma operadora marítima.
O litoral do Paraná é marcado por corais artificiais, em que peixes de mais de 100 quilos se refugiam para a reprodução. As ilhas dos Currais e Itaculumins oferecem boa visibilidade e águas tranquilas. Na ilha do Mel, a ponta do Caraguatá e a ponta da Nhá Pina são ideais para quem curte snorkel.
A laje de Santos, em São Paulo, é uma reserva natural marinha em que se encontram desde nudibrânquios até baleias e golfinhos. Há um navio naufragado, o Moreia, que pode ser visitado pelos mergulhadores. Na ilha da Queimada Grande, é possível avistar os restos do Tocantins, que naufragou em 1933. Há saídas regulares para mergulhadores, partindo de São Vicente.
Em Ilhabela, a maior ilha do litoral brasileiro, há muitas opções para snorkel: costão do Jabaquara e costa norte da praia do Poço, ou cilindro: no parcel leste, em que é preciso ter cuidado com as correntes marítimas, atinge-se uma profundidade de 45 metros. Já nas ilhas Galhetas, a principal atração são as grutas e peixes coloridos. É um point raso, entre três e 15 metros.