As rosas são flores fascinantes pela beleza e o perfume, são inspirações para músicas e poesias, são símbolos de amor, respeito e sedução. Muitas pessoas sonham em ter um jardim de rosas decorando a casa, mas quase sempre desistem diante das dificuldades do cultivo.
A solução, porém, pode estar nas batatas. Certamente, estes tubérculos não fazem o mesmo sucesso (a menos que estejam na cozinha), mas são bons auxiliares para a produção das mudas de roseiras. O processo é simples: basta inserir as estacas de roseiras em um orifício aberto nas batatas.
Como plantar rosas nas batatas
Este curioso método de plantio já foi empregado com sucesso em países de clima temperado e tropical. O segredo está em fincar um pequeno caule de rosa em batatas pequenas, que em seguida devem ser firmadas sobre o solo, em uma cova com alguns dedos de areia no fundo. Ao final do plantio, é ideal cobrir o buraco com terra preta.
As batatas mantêm a umidade dos caules de rosas durante o tempo necessário para que eles comecem a brotar. Além disto, por serem ricas em amido, diversas vitaminas (B, C, E e K) e sais minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio, manganês e zinco), elas fornecem nutrientes essenciais para as novas plantas.
Uma vez obtidas as mudas, elas devem ser transplantadas para o canteiro definitivo e enterradas em buracos de 50 a 60 cm de profundidade, onde se desenvolverão e, em pouco tempo, começarão a gerar botões de flores.
Outras providências
Estudos arqueológicos indicam que as primeiras rosas selvagens surgiram há 60 milhões de anos. Cinco mil anos antes da Era Cristã, as flores já eram cultivadas na China e, pouco antes do século I, as rosas já decoravam jardins egípcios e, posteriormente, europeus. As rosas modernas foram criadas em 1700, na China, e exportadas para o mundo inteiro.
As roseiras preferem solos argilosos, com boa drenagem, para evitar o risco de encharcamento. Neste método de plantio, as batatas fornecem matéria orgânica para as rosas; por isto, na fase inicial, pode-se dispensar o uso de fosfato simples (mais tarde, depois do replantio, pode-se aplicar 150 g/m2 da substância).
Apesar de as flores surgirem no outono – são as famosas “rosas de abril” cantadas por Dorival Caymmi – o cultivo não é indicado em regiões muito frias, que sofrem com geadas. O melhor período para o replantio também é no outono, quando as temperaturas estão mais amenas.
O espaçamento entre as roseiras deve ser o seguinte:
- para rosas enxertadas: 1,2 metro;
- para rosas comuns: um metro (plantas altas) e 40 a 50 cm (baixas);
- trepadeiras: 1,8 metro.
A rega deve ser feita uma vez por semana, sempre com o cuidado de não molhar as folhas das roseiras, que, neste caso, se deterioram e atraem pragas como pulgões e formigas. O solo deve ser recoberto com uma camada de cinco a dez centímetros de material orgânico (palha, esterco, folhas secas, etc.).
Esta cobertura orgânica deve ser feita antes da primavera, quando as temperaturas começam a se elevar. Um ponto muito importante é retirar as ervas daninhas, que podem sufocar o desenvolvimento das roseiras e até mesmo levá-las à morte. Como se pode ver, as batatas são boas auxiliares, mas ainda não conseguem fazer milagres.