Pílulas do dia seguinte: nomes, preços e efeitos colaterais

As pílulas do dia seguinte viraram uma verdadeira febre há dez anos, quando seu uso foi aprovado pela Food and Drug Association (FDA, órgão americano que controla a venda de medicamentos no país). Depois de um período polêmico, em que alguns grupos religiosos afirmavam que o medicamento era um verdadeiro aborto, foi a vez de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberá-la para o público brasileiro.

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Os dois tipos mais comuns, que podem ser encontrados em quase todas as farmácias do país; também são distribuídos gratuitamente em postos de saúde e hospitais-escola. Os produtos são apresentados em duas doses e em dose única.

Na primeira opção, o ideal é que a mulher que fez sexo sem proteção durante o período fértil tome um comprimido logo após a relação e o outro, 12 horas mais tarde. Quanto mais tempo se passar, maiores são as chances de gravidez (entre 24 e 72 horas depois do ato sexual, a eficácia cai para apenas 50%).

As pílulas do dia seguinte em dose única devem ser ingeridas preferencialmente logo após a relação amorosa. Nas duas apresentações, o princípio ativo é o mesmo: o Levonorgestrel, uma progesterona sintética. A diferença fica por conta da concentração: respectivamente, 0,75 e 1,5 miligramas. O estrogênio, outro importante hormônio feminino, não figura nestes medicamentos.

Os efeitos colaterais das pílulas do dia seguinte

Ao contrário das pílulas convencionais mais antigas ou das que contêm estrogênio, as de Levonorgestrel não costumam provocar náuseas e dores de cabeça, desde que não sejam tomadas com muita frequência. Em tese, todas as mulheres podem tomar as pílulas do dia seguinte, mas é importante seguir as orientações médicas.

Mesmo assim, algumas mulheres se sentem mal. Se ocorrer vômito ou diarreia no intervalo de 12 horas depois de tomar o remédio, os procedimentos devem ser repetidos, porque o princípio ativo pode ter sido eliminado do organismo. Alguns dias depois, é comum a ocorrência de um sangramento vaginal, geralmente leve.

A alta concentração hormonal nestes contraceptivos, que chega a ser dez vezes maiores do que as de anticoncepcionais convencionais com baixas dosagens hormonais, pode causar dores no abdômen e de cabeça, diarreias e alterações no ciclo menstrual. Algumas mulheres relatam ter tido a sensibilidade dos seios aumentada. Pacientes com hipertensão arterial, doenças cardíacas e circulatórias e diabéticos devem procurar outro método anticoncepcional.

O uso continuado potencializa as chances de cânceres, trombose e outras doenças graves. Especialistas que as pílulas do dia seguinte devem ser ingeridas, no máximo, uma vez por ano: trata-se de um medicamento de emergência, não é um contraceptivo comum, como as pílulas que podem ser tomadas seguidamente, apenas acompanhando os períodos de descanso indicados pela fabricante (entre quatro e sete dias, de acordo com a dosagem).

O importante é se lembrar de tomar a segunda dose no horário previsto. Sem ela, caso a relação tenha acontecido no período fértil, as chances de gravidez são as mesmas das do sexo desprotegido: em 30% destes casos, gestações são iniciadas.

A eficácia das pílulas do dia seguinte é mensurada pelo Índice de Pearl (ou índice de falha), criado em 1933 para avaliar os anticoncepcionais. O índice obtido por este medicamento é de 2%, quando tomado imediatamente após a relação sexual (portanto, ele preveniria até 98% das eventuais gestações). Pesquisas realizadas com mulheres que tomaram o contraceptivo, no entanto, apontam cenários de efetividade entre 70% e 85%. A diferença está em que dificilmente uma mulher tem a pílula do dia seguinte à mão, para logo depois da relação sexual.

Mulheres que eventualmente estejam grávidas no momento em que usam o medicamento devem consultar seu médico o quanto antes. O Levonorgestrel não impede a evolução de uma gestação já instalada (não é uma droga abortiva), mas pode provocar intercorrências. No caso de o óvulo estar fecundado pelo espermatozoide, mas ainda não fixado à parede uterina, a pílula do dia seguinte não permite a implantação e as células sexuais são expelidas com a menstruação.

A pílula do dia seguinte não engorda, apesar de este ser um mito comum em sites de fofocas. Ocorre que a concentração hormonal é muito mais alta do que a das pílulas convencionais e criou-se a lenda segundo a qual, se ela é “mais forte”, deve engordar ainda mais. A diferença é que o medicamento, ao contrário das cartelas de anticoncepcionais, é tomado (ou deveria ser) muito raramente, não tendo tempo para agir no organismo provocando acúmulo de gordura.

Marcas e preços

Entre as pílulas do dia seguinte, as mais vendidas entre as opções de dois comprimidos são: Dia D, Levonorgestrel 0,75 mg (genérico da Neoquímica), Minipill-2 Post, Norlevo e Pilem. Já as marcas mais procuradas nas opções de dosagem única são Neodia, Postinor Uno, Levonorgestrel 1,5 mg (também genérico), Prevyol-2, Postinor Uno e Pozato Uni.

Os preços, para as duas versões, variam entre R$ 19 e R$ 24. A variação também é notada de acordo com a região do país. Os valores foram consultados em drogarias online e muitas delas oferecem promoções e descontos.