Os critérios adotados para a classificação dos países mais pobres do mundo leva em conta o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), industrialização tardia ou inexistente, baixa produtividade agrícola, disparidades sociais, fome e endividamento. A maior parte deles possui economia dependente de um único produto, muitas vezes matérias primas, sem diversificação da produção agrícola e industrial. Muitas vezes os países mais ricos (vide Nações Unidas) emprestam dinheiro a essas nações para elas diversificarem sua economia, porém incorrem em círculos viciosos ao não conseguirem pagar seus credores, e serem penalizados pelos países com mais dinheiro a reformas e pagamentos de juros, os quais são forçados a realizar.
Atualmente a ONU publica o IPH, que passou a considerar o índice de mortalidade infantil, a porcentagem de adolescentes com escola básica, crianças abaixo do peso e renda familiar. A maior parte desses países, por fatores históricos e econômicos estão na África, destacando apenas três países não-africanos, Timor Leste, Bangladesh e Papua Nova Guiné.
Quem encabeça a lista é Serra Leoa, onde a renda per capta é de 490 dólares por ano, e a expectativa de vida é de apenas 29 anos. Em segundo lugar vem a Tanzânia, com uma economia voltada para a agricultura e que emprega 80% de mão-de-obra e é responsável por 82% da exportação; os nativos vivem em média 52 anos. Em terceiro a Etiópia, onde predomina a agricultura como fonte de renda, respondendo por 80% do PIB nacional; os habitantes vivem em média 52 anos. Em quarto a Somália, país com poucos recursos naturais e que também tem a agricultura como carro chefe de sua economia; abriga uma das maiores nações de subnutridos do mundo, e os habitantes tem expectativa de vida de 48 anos. E por último o Camboja, país onde a economia se concentra na produção de arroz e na exportação de matérias-primas, com uma baixa renda per capta baixíssima e com uma população vivendo em média 59 anos.
Continua a mesma história de sempre, os mais ricos se desenvolvendo às custas de países sem poder de influência, com uma população fraca e explorada pelos seus governantes, além de ultrajada diversas vezes ao longo da história pelos colonialistas do século XIX. A ONU sempre pretende ajudar, contudo quem tem o direito a mando nessa instituição são os mesmos países que exploram os mais pobres. É realmente lamentável.