Galáxias são agrupamentos de um número incalculável de estrelas. O nosso Sol, vale lembrar, é apenas uma das estrelas do universo. A diferença é que está relativamente mais próximo da Terra, por isso o vemos maior, brilhante e quente, mas há estrelas bem maiores que o Sol. Os aglomerados de estrelas apresentam vários tipos de formações e o astrônomo Edwin Hubble, que deu seu nome para um dos maiores observatórios astronômicos do planeta, sugeriu a seguinte classificação para os diferentes tipos de galáxias:
• galáxias elípticas: são grupos de estrelas que variam da muito achatadas às quase esféricas. Vale lembrar que a forma é como vemos a galáxia (a olho nu ou com telescópio) daqui da Terra, portanto, uma galáxia muito achatada pode ser esférica, se observada de outro ponto do universo. Pense num charuto: ele é alongado, se visto lateralmente, ou redondo, se visto de frente. As galáxias elípticas são classificadas entre E0 (as mais esféricas) e E7;
• galáxias espirais: podem ser normais, quando os braços da espiral começam no núcleo, ou barradas, quando os braços começam num traço que corta o centro da galáxia. São classificadas de Sa a Sc;
• galáxias irregulares: todas as galáxias que não se enquadram nos dois tipos anteriores são consideradas irregulares.
O universo está em constante processo de ampliação, apesar de alguns cientistas afirmarem o contrário. Existem galáxias em formação, outras estáveis e, por fim, as galáxias que se aproximam da destruição. A distância entre o Sistema Solar e uma galáxia determina que a luz originada por estas estrelas, viajando a 300 mil quilômetros por segundo, demore anos a aparecer aqui como um pontinho luminoso. A luz de uma estrela que implodiu (gerou peso demais na superfície, que acabou desabando sobre o núcleo, gerando uma estrela-anã, quase sem brilho, ou mesmo um buraco negro, que funciona como um aspirador de energia, sugando tudo ao redor) pode continuar iluminando o céu da Terra por muito tempo.
Há milhares de anos, o homem olhava para o céu e via milhares de pontos luminosos. Depois descobriu que alguns pontos eram fixos (as estrelas), enquanto outros passeavam pelo firmamento (os planetas). Com muita imaginação, o homem reuniu alguns pontos luminosos, que chamou de constelações, como os signos do zodíaco. Os antigos conseguiam enxergar coisas como carneiros, leões e centauros no céu. Como nós temos medo de tudo o que é desconhecido, o homem atribuiu propriedades mágicas às estrelas, que observava extasiado, antes de dormir. Assim surgiu a astrologia, uma arte de prever o futuro, que mais tarde deu origem à astronomia, uma ciência que estuda os astros: planetas, asteroides, sóis, sistemas solares, galáxias. Se algo preside à formação e destruição destas estruturas, “só Deus sabe”. A ciência estuda o que observa, e os homens comuns acreditam ou não num poder superior que preside ao universo.