O cromo é capaz de reduzir a gordura corporal. Em milênios de evolução, o organismo humano se adaptou a acumular gordura, para os períodos de escassez. Quando a caça escasseava, lá estava um belo pneu adiposo em volta do abdômen para fornecer a energia necessária para o metabolismo humano. O tempo passou, bares e restaurantes estão em cada esquina, mas o mecanismo evolutivo continua firme e forte, estocando a energia obtida dos carboidratos: basicamente, massas e doces.
O cromo potencializa a produção de insulina (responsável pela drenagem de aminoácidos e carboidratos para o interior das células) e ajuda a diminuir de forma drástica o desejo por doces, que são processados no estômago e duodeno e transformados em gordura. Boa parte é transformada em energia: a glicose é transportada pela corrente sanguínea a todos os órgãos e tecidos; combinada com oxigênio, ela propicia a construção de novas células (exatamente como um motor a explosão), para as diversas funções – inclusive o desenvolvimento muscular. O excesso, no entanto, é estocado no abdômen e nos quadris e forma os culotes e a barriga de chope. Mas o chope não é o culpado, ou ao menos não é o culpado exclusivo: a alimentação inadequada é a vilã da história.
Prolongar a saciedade e reduzir a vontade de consumir doces. Isto ocorre porque o cromo acelera o metabolismo. Pesquisas indicam que, em média, grupos controlados que receberam 400 microgramas diários de cromo emagreceram o dobro do que os que receberam apenas placebo. São estudos de universidades americanas: três quilos em três meses, contra 1,5 quilo.
Quando o organismo tem carência de cromo, o cérebro entende que não há glicose suficiente em circulação no sangue. O hipotálamo (uma região do encéfalo, do tamanho de uma amêndoa, que controla a temperatura corporal, a fome e a sede) manda a informação de que é preciso consumir carboidratos, mesmo que a alimentação seja regular. Então, a pessoa devora pães, massas, uma barra de chocolate, um suco hipercalórico (como o de laranja) ou um saquinho de jujubas. Mas, como esta bomba de energia é desnecessária, ela é transformada em depósito de gorduras, para serem utilizadas a posteriori. E elas ficam ali, bem visíveis, na linha da cintura.
Mas onde está o cromo? A principal fonte é o levedo de cerveja. Está presente também no frango, fígado bovino, ovos, grãos integrais, gérmen de trigo, queijos amarelos, espinafre, couve, pimentão verde, ostras, bananas e na pimenta do reino.
O consumo não pode ser exagerado, já que altos níveis de sais de cromo são comprovadamente cancerígenos. Para os sedentários, 400 microgramas diários são suficientes. Os adeptos de malhação, corridas e esportes podem até dobrar este valor, sempre com orientação médica. O excesso de cromo pode causar problemas sérios: perda do apetite, náuseas, dores de cabeça, tendência à formação de hematomas, sangramentos nasais, alterações urinárias e erupções de pele.
Existem suplementos de cromo disponíveis no mercado, mas eles só são indicados quando há deficiência do mineral (detectada apenas com exames de sangue). Um sinal de que os níveis de cromo estão alterados, no entanto, é a compulsão por doces.
O cromo ainda auxilia a controlar o LDL (o colesterol ruim), reduz as variações de humor, especialmente na tensão pré-menstrual, combate o cansaço e os sintomas da depressão, aumenta a capacidade de ganho de massa muscular e é útil no controle da diabetes tipo 2 e da celulite.
Nos treinos físicos, o cromo potencializa a ação da creatina (sempre ingerida antes dos exercícios), dextrose e maltodextrina, permitindo a síntese intracelular das proteínas. Isto significa ganho de massa muscular, com a queima adequada das gorduras.