Membro da nobreza
A cobra-real (“Ophiophagus hannah”), originária da Ásia continental, é a mais longa serpente entre as peçonhentas, podendo ultrapassar os seis metros de comprimento. Se a picada da armadeira pareceu impressionante, a da cobra-real faz cair o queixo: uma picada do réptil mata um elefante adultos em poucas horas. O veneno não é tão virulento como o das najas (parentes próximas), mas esta espécie tem capacidade de inocular uma quantidade bem maior (até sete mililitros), fato que torna o acidente potencialmente muito mais letal.
“Ophiophagus” significa “comedora de serpentes”, mas a cobra-real também se alimenta de lagartos, pequenos mamíferos e ovos em geral. Este ofídio locomove-se sem problemas no solo, nos rios e na copa das árvores.
Apesar da fama, no entanto, a cobra-real, assim como a maioria das serpentes, é tímida e evita contato com grandes animais (o homem, inclusive). As fêmeas se tornam mais agressivas durante a vigilância dos ovos – elas são mães bastante zelosas, construindo ninhos com folhas e gravetos, reunidos com a cauda.
Todos os indivíduos deste gênero, no entanto, quando são acossados, sempre partem para o ataque. As cobras-reais conseguem levantar até um terço do corpo e seguem se movimentando na direção do agressor. Ao mesmo tempo, eles abrem os capelos (abas do pescoço) e começam a emitir um som semelhante ao rosnar de um cachorro.