Em fórmula pura, combinados com óleos minerais ou como ingredientes de xampus, condicionadores e hidratantes, os óleos essenciais para os cabelos estão presentes em praticamente todos os tratamentos capilares. São essências de plantas (podem ser extraídos das raízes, caules, folhas, flores, frutas) que formam nutrientes não produzidos pelo nosso organismo, mas são fundamentais para a saúde dos fios. Os óleos essenciais também são usados para a hidratação da pele e das unhas, na alimentação e na aromaterapia.
Para o tratamento dos cabelos, os melhores óleos essenciais são os de argan, jojoba, abacate, coco, rícino, rosa mosqueta semente de uva, etc., de acordo com o tipo de cabelo e o grau de danos. Os produtos combinados com óleos minerais ou produtos inorgânicos, apesar das muitas indicações (combate à caspa, à queda de cabelos, etc.) são menos eficazes na correção da hidratação: o ideal é utilizar produtos puros ou combinados com outras substâncias orgânicas.
Quem tem cabelos crespos, encaracolados, secos ou mistos pode tratá-los com óleos essenciais diariamente (a ideia de que lavar os cabelos todos os dias prejudica os fios é um mito, mas o uso do secador em altas temperaturas ou manter os cabelos enrolados numa toalha são os “vilões” da história). Já os cabelos oleosos podem receber o tratamento apenas duas vezes por semana. No caso de cabelos mistos, o óleo deve ser aplicado na raiz ou nas pontas, dependendo da condição (muitas pessoas sofrem com cabelos ressecados nas pontas). Vale lembrar que os óleos essenciais são um tratamento para os fios, e não para a raiz: eles não devem ser aplicados no couro cabeludo.
No entanto, mesmo quem tem cabelos oleosos, quando recebem tratamentos químicos, como coloração ou alisamento (escova progressiva, amaciamento, etc.), deve hidratá-los com óleos essenciais diariamente, especialmente depois da segunda semana da tintura, para manter o brilho. A questão está na quantidade: duas ou três gotas são suficientes. Mais que isto, apesar de não ser prejudicial à saúde dos fios, confere um aspecto pesado e oleoso ao cabelo.
O enxágue também é importante: cabelos muito ressecados são beneficiados com produtos leave-in, enquanto os oleosos e mistos precisam ser muito bem enxaguados, para retirar o excesso dos óleos essenciais. Vale lembrar: cabelos saudáveis são lavados com água fria ou morna: a água muito quente estimula a produção das glândulas sebáceas presentes no couro cabeludo, que, em seguida, param de funcionar, ressecando os fios.
Dicas para usar os óleos essenciais
Uma vez escolhido o óleo mais indicado para o tipo de cabelo, ele pode ser misturado ao creme hidratante ou mesmo ao condicionador. Duas ou três gotas, na quantidade usada na lavagem, proporcionam um bom resultado (para cabelos curtos e não muito ressecados, uma gota é suficiente).
Para fazer uma máscara de hidratação, basta usar o produto puro, aplicando o produto a partir de um centímetro da raiz até as pontas dos fios. Cubra os cabelos com uma toalha aquecida ou touca térmica por 15 minutos e enxágue com água em abundância, retirando todo o óleo.
Depois dos tratamentos químicos, o óleo de argan é indicado para recuperar a hidratação dos fios. Aplique-o com alguma distância da raiz, sempre em direção às pontas. Antes da escova ou da prancha, os óleos essenciais também podem ser aplicados. A história de que os óleos fritam os cabelos é lenda: uma chapinha pode chegar a 300°C, e é isto que responde pela queima dos fios. Combinando os óleos com produtos termoativados, é possível controlar temporariamente o frizz e as pontas duplas, usando-os antes de iniciar a escova caseira.
Os preguiçosos também podem ser beneficiar com os óleos essenciais. Basta aplicar algumas gotas (sempre evitando a raiz) na hora de dormir. No dia seguinte, os cabelos estarão brilhantes e hidratados.
Os óleos essenciais fortalecem os fios, favorecem o crescimento, reduzem a caspa, auxiliam o tratamento da psoríase do couro cabeludo e reduzem a queda dos cabelos. Os resultados são comprovados em estudos científicos.