Para entender o que foi o Dia D, é preciso voltar um pouco no tempo. A guerra foi uma disputa entre o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Inglaterra, EUA, URSS e França, antes da queda e ao final do conflito).
Em 1940, meses depois do início do conflito, a Europa, que esperava uma guerra de trincheiras, como ocorreu no episódio de 1914-18, foi surpreendida pelo ditador alemão Adolf Hitler e suas blitzkrieg (guerras-relâmpago): rápidos deslocamentos de soldados, apoiados por paraquedistas, blindados e bombardeiros, que conseguiram romper a Linha Maginot, cadeia de defesa erguida pela França. Os alemães dividiram os inimigos, obrigando forças inglesas e francesas a se refugiarem no nordeste da França, de onde foram resgatadas no episódio conhecido como Retirada de Dunquerque.
No leste francês, os alemães avançaram sem dificuldade até Paris. Teve início o Governo de Vichy, com o general Pétain à frente, que assinou um armistício com Hitler. Na verdade, foi uma capitulação branca. Focos de resistência foram organizados por todo o país.
Esta situação perdurou até 1944. As forças alemãs estavam divididas em duas frentes de batalha: a leste contra a União Soviética e a oeste contra ingleses e americanos.
O ataque seria em algum ponto da costa, mas por causa dos serviços de espionagem, que antecipavam o planejamento das duas partes em conflito, os aliados criaram operações de engodo, como a Glimmer e a Tributável, para enganar as forças alemãs. O general alemão Erwin Rommel acreditava que o ataque aliado seria na Normandia, mas recebeu ordens de Hitler para proteger o Pas de Calais (fronteira com a Bélgica, também ocupada).
No dia 6 de junho, o assalto se dividiu em duas partes: a aterrissagem de 24 mil soldados ingleses, americanos e canadenses e o desembarque de 160 mil homens num de trecho de 80km da Normandia, apoiados por tanques e aviões e quase 200 mil homens das marinhas mercante e naval. Ao mesmo tempo, paraquedistas saltavam em diversos pontos do território francês, apoiados por membros da resistência, que ficaram conhecidos como partisans. O Dia D é até hoje o maior ataque militar.
Os aliados depuseram Pétain, avançaram para leste e tomaram a região alemã do Ruhr. Era o começo do fim da guerra na Europa.
Até hoje, a expressão “Dia D” é usada para se referir a qualquer momento crucial, nas situações mais diversas.