O soluço é provocado por contrações espasmódicas do diafragma, músculo relacionado à respiração que se situa entre o tórax e o abdômen. Ao espasmo, associa-se o fechamento da glote, prejudicando a passagem do ar para os pulmões, fato que produz o som característico.
O soluço é comum a todas as pessoas, não importa a idade. Inclusive, os bebês têm mais crises de soluço, porque o sistema nervoso ainda não age sobre o diafragma de maneira adequada.
Crises de soluço são quase sempre curtas e passam naturalmente, ou com as conhecidas receitas domésticas: tomar água, prender a respiração, chupar limão ou respirar num saco de papel, pressionar os joelhos flexionados contra o peito ou levar um susto.
As crises são provocadas por uma distensão do estômago, que acontece quando ingerimos ar, bebemos muito rapidamente (especialmente os refrigerantes, por causa do gás) ou engolimos uma porção muito grande de alimento. Ficar muito tempo sem comer ou beber também podem causar soluços.
Outras causas são o choro compulsivo, refluxo esofágico e gástrico, laringite, carência de vitaminas, falar durante muito tempo, rir muito e levantar-se rapidamente. Alguns tratamentos quimioterápicos, anestesia geral, diabetes e infecções podem ser os responsáveis pelos “hics” desagradáveis. O cigarro e o álcool, de um lado, e o estresse e ansiedade, de outro, também estão associados ao soluço.
Ainda não existem estudos que comprovem a eficácia dos truques caseiros, mas eles são, no mínimo, inofensivos. A exceção fica por conta do prender a respiração, o que obriga o diafragma a parar de se contrair e, em seguida volta a funcionar normalmente. Alguns tratamentos são meras simpatias, como colocar um fiapo de tecido (ou um grão de arroz) na testa, erguer os braços, deitar-se de bruços e repetir determinadas palavras por três vezes.
Aparentemente, as tentativas que estimulam o nervo vago (que desce do cérebro até o estômago) interrompem o movimento do diafragma conseguem parar o soluço. Mas não precisa se alarmar: as crises comuns passam em apenas alguns minutos. Procurar manter a concentração em outro assunto (que não o soluço) ajuda bastante a combatê-lo.
Quando as crises demoram demais (por mais de um dia), é preciso procurar o conselho médico. O soluço prolongado pode ser um indicativo de problema de metabolismo, do nervo vago e do sistema nervoso central. Pode ser necessário o uso de medicamentos para controlar os soluços.