A foliculite é uma inflamação que pode ocorrer em qualquer área da epiderme em que haja pelos. É causada por agressões ocorridas durante o barbear, a depilação e mesmo pelo atrito da roupa com a pele. A infecção ocorre principalmente por bactérias do tipo estafilococo.
O problema tem início quando os folículos capilares são bloqueados parcial ou totalmente. A coceira de barbeiro, irritação entre o nariz e o lábio superior, é uma espécie de foliculite, mas causada por um fungo, o Tinea barbae. Entre as mulheres, a virilha e a área genital são as áreas mais afetadas. Dormir sem retirar a maquiagem e picadas de insetos também podem provocar a foliculite.
A pseudofoliculite é comum em homens negros e de cabelos crespos. Muitos pelos não crescem, voltam-se em direção à pele e ficam encravados, bloqueando o suor e o sebo; nesses casos, pode não haver a presença de estafilococos, mas os muitos microrganismos que colonizam a pele encontram boas condições para se desenvolver.
No entanto, a foliculite não tem como causa a oleosidade da pele. O excesso de sebo pode aumentar o problema, mas não é a causa dele. Se o indivíduo tem acne, os sintomas da foliculite são mais evidentes, mas é preciso tratar os dois males.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas mais comuns são a coceira, irritação, espinhas, erupções cutâneas e pústulas, que podem formar uma crosta de mau aspecto. O problema não é apenas estético: ao bloquear a excreção do suor, a foliculite aumenta a temperatura corporal, cujos sintomas são semelhantes aos da insolação: febre localizada, desconforto físico, mal-estar e dificuldade de concentração.
O diagnóstico é feito geralmente no exame clínico, com base na avaliação da aparência da pele. Exames laboratoriais são úteis para identificar os microrganismos causadores da foliculite e determinar os antibióticos necessários para combater a inflamação.
O tratamento
Compressas mornas de água podem promover a hidratação dos folículos afetados e eliminar o problema. Esfoliar a pele, com produtos específicos ou apenas com água e açúcar, também dá bons resultados.
Se a irritação permanecer por mais de três dias, é preciso consultar um dermatologista, que vai indicar medicamentos tópicos ou ministrados por via oral. Em geral, a pele reage bem ao tratamento, mas pode voltar e a causa da foliculite precisa ser identificada, já que muitos fungos e bactérias podem ser responsáveis pela inflamação e as colônias desses microrganismos são importantes para a saúde, porque se alimentam de células mortas; sem elas, as irritações seriam bem mais frequentes.
A prevenção
A foliculite é causada por agressões à pele e, portanto, pode ser evitada com alguns métodos simples. Usar roupas de tecidos naturais – como o linho e o algodão –, especialmente nas cuecas e calcinhas reduz consideravelmente os riscos de desenvolver a doença.
Para a barba, é preciso utilizar lâminas novas e higienizadas. Na depilação, é preciso adotar técnicas que não agridam a pele. Em qualquer caso, é preciso manter a pele sempre limpa. Quem tem propensão para a foliculite deve evitar o uso de chapéus e bonés, porque estes acessórios propiciam a proliferação dos microrganismos, além de achatarem os fios e deixarem as raízes dos pelos mais expostos.