O assalto ao Banco Central do Brasil ocorreu em Fortaleza. A caixa forte foi invadida e R$ 164,7 milhões foram retirados. O furto ocorreu no mês de agosto, em 2005. Até hoje não se sabe ao certo como tudo aconteceu, o que só serve para comprovar as habilidades dos bandidos. A polícia ainda não conseguiu recuperar nem 35% do dinheiro levado.
O disfarce
Em 2005, 3 meses antes do crime, a quadrilha alugou um imóvel a 80m de distância do Banco. A casa foi reformada, e a empresa Gramas Sintéticas foi aberta. Tudo era só um disfarce para que não percebessem a quantidade de terra removida do túnel aberto até o banco.
O túnel
Vários mapas de esgotos e outras tubulações subterrâneas, além de assuntos sobre engenharia foram estudados para iniciar a buraqueira. A passagem, feita a 4 metros do chão tinha os 80 m até o banco e 70 cm de largura. Vigas de madeira e lonas foram usadas para impedir o desabamento. O túnel contava com luzes e ventiladores.
O caixa
Os bandidos colocaram o plano em prática entre 5 (sexta) e 6 (sábado) de agosto, quando o banco não estava funcionando e invadiram o caixa forte do térreo. Com reforço de aço e concreto, o caixa tinha 1,10 m de grossura. Ao invés de explosivos, foram usados serras elétricas e maçaricos, para evitar ruídos.
Os suspeitos
Onze pessoas foram responsáveis de modo direto pelo roubo ao banco. A versão da polícia é diferente. Cerca de 40 pessoas participaram do feito de algum modo, entre bandidos e possíveis cúmplices que trabalhavam lá. Apesar dos grandes números, apenas quatro pessoas chegaram a adentrar o cofre.
O dinheiro
Os quatro bandidos responsáveis por retirar o dinheiro tamparam as câmeras internas e pegaram mais de R$ 164 milhões. A grana foi transportada em grupos possuindo dezenas de notas de R$ 50.
O transporte
O dinheiro foi transportado em sacos de cereais. Um sistema de roldanas levava as embalagens de maior peso. Em algumas horas cerca de 3,5 toneladas do dinheiro foram levadas do banco. De acordo com a polícia, o furto terminou entre 10 h e meio dia do dia 6.
O dia seguinte
Na segunda os funcionários perceberam algo errado. Os bandidos estavam dois dias à frente e tiveram tempo para fugir. A quadrilha se subdividiu e cara grupo foi para uma localização divergente. Um tanto da grana roubada foi enviada para São Paulo, em malas e outra parte em vários carros, num caminhão-cegonha. Este último pedaço não teve sucesso, pois chegando em Minas Gerais o veículo foi descoberto.
O fim
A polícia encontrou alguns dos participantes através de desaparecimentos e mortes dos parentes e suspeitos pelo furto. Os que chefiavam o grupo foram descobertos e 26 das 36 pessoas com ligação à ação foram presas. Apesar disso, só encontraram R$ 53 milhões. Parte do dinheiro estava em uma residência abandonada em Natal e outra em Fortaleza.