No folclore judaico, um golem é um ser animado antropomórfico, criado inteiramente a partir de matéria inanimada. Golem era uma palavra usada no hebraico para significar um material amorfo.
No Talmud, Adão foi criado inicialmente como um golem, quando seu pó estava “amassado em uma casca disforme”. Como Adão, todos os golems são criados a partir de lama. Eles foram uma criação daqueles que eram muito santos, próximos a Deus. Uma pessoa muito santa era alguém que se esforçou para se aproximar de Deus, e seu intento era conseguir uma parcela da sabedoria e do poder de Deus. Um desses poderes foi a criação da vida. No entanto, não importa o quão santo tornava-se uma pessoa, um ser criado por ela seria apenas uma sombra do homem criado por Deus. Logo no início, notou-se que a deficiência principal do golem era a sua incapacidade de falar.
Durante a Idade Média, passagens do Sefer Yetzirah (o “Livro da Criação”) foram estudados como um meio de atingir a capacidade mística para criar e animar um golem, embora haja pouco nos escritos do misticismo judaico que suporte essa crença. Acreditava-se que golems podiam ser ativadas por uma experiência extática induzidas pelo uso ritualístico de várias letras do alfabeto hebraico. Em alguns contos, (por exemplo as do Golem de Chelm e do Golem de Praga) um golem tem escrito na testa palavras hebraicas que o mantêm animado.
A palavra Emet (“verdade” na língua hebraica) escrita na testa de um golem é um exemplo. O golem poderia ser desativado através da remoção do aleph (a primeira letra do alfabeto hebraico) na palavra “Emet”, alterando assim o significado da palavra, que ao invés de “verdade” passaria a significar “morte”.
Abaixo filme “O Golem” de 1920, divirtam-se!