O caso do menino da bolha

Quando David Vetter nasceu, seus pais já haviam sofrido a perda de outro filho, em decorrência de uma doença que afetava o sistema imunológico, de caráter genético. Os médicos disseram que todos os filhos que eles pretendessem ter, teriam 50% de ter a doença. Assim, quando David nasceu, seus pais já tinham conhecimento da doença que o iria importunar pelo resto de sua curta vida. Assim que nasceu, em 1972, David foi transferido para um casulo totalmente esterilizado. Ele tinha Imunodeficiência Severa Combinada, uma doença genética muito rara, que o obrigava a viver isolado do mundo, dentro de uma bolha desinfectada. Tudo que entrava dentro da bolha de David deveria ser esterilizado: comida, água, fraldas, inclusive o ar.

Em 1977, cientistas da NASA criaram para David um traje especial, como o dos astronautas, que era ligado a bolha, permitindo que David pudesse sair. A sua situação era desesperadora, pois ainda não se sabia a cura para sua doença, e o traje resolvia o problema em parte, já que nenhum contato era permitido, nem ao menos o contato humano com mãe.

Quando ele completou 12 anos, cogitou-se fazer um transplante de medula óssea, técnica já aprimorada, dada as pesquisas já avançadas nesse sentido. A operação se deu em 1984, e as esperanças eram grandes para que David pudesse sair de sua bolha. Porém, passados alguns meses, David ficou doente pela primeira vez na sua vida, tendo diarreia, febre e vômitos severos de hemorragia intestinal. Os sintomas foram tão graves que David teve que ser retirado da bolha para ser tratado.

Fora da bolha, seu estado se agravou e ele veio a falecer em 22 de fevereiro de 1984.

A seguir, um vídeo feito em homenagem a David.

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