A loira do banheiro que ataca adolescentes, a mulher que pede carona e desaparece misteriosamente em frente a um cemitério, a mulher da boca desfigurada que se dirige a passantes (especialmente em noites escuras) e pergunta se é bonita (em caso de negativa, ela pode se irritar bastante), entre outras, são exemplos impossíveis de acontecer. Mas algumas lendas urbanas realmente aconteceram e são realmente assustadoras.
Esta matéria definitivamente não é para pessoas impressionáveis, muito menos para as cardíacas. Se você estiver em alguma destas categorias (ou for apenas medroso), é melhor procurar um texto mais ameno para ler. Histórias para se divertir com amigos podem proporcionar um bom momento de lazer, mas as aqui narradas realmente ocorreram.
O cadáver da menina
Turistas alugaram um apartamento em um hotel e, durante a noite toda, sentiram um cheiro nauseante, que não conseguiam de que era, nem de onde vinha. Incomodados, chamaram os responsáveis pelo estabelecimento para que fosse tomada alguma providência.
Camareiras e faxineiros a postos e equipados, a equipe do hotel abriu a cama box em que o casal dormiu (mas não conseguiu descansar) e, para surpresa de todos, ali estava oculto o cadáver de uma garota pré-adolescente. A jovem havia sido morta e seu corpo, ocultado no móvel.
Não é lenda urbana: realmente aconteceu. Policiais americanos estão acostumados a encontrar cadáveres em camas e armários, especialmente nos motéis de beira de estrada. O caso mais recente aconteceu em Las Vegas, na entrada da cidade. O caso mais absurdo foi o de um homem preso por não ter conseguido ocultar o corpo: a “vaga” já estava ocupada por ou cadáver.
Múmia no parque
Parques de diversões são bons locais para passear com as crianças e adolescentes. Dezenas de brinquedos para todos os gostos, guloseimas liberadas. Quem não se diverte em uma roda gigante, montanha russa ou trem-fantasma?
Pois bem. Na metade da década de 1970, o ator Lee Majors, que interpretava Steve Austin, um ciborgue ou homem biônico de “seis milhões de dólares”, um seriado de TV que fazia muito sucesso, bem ao estilo “american hero”.
Em 1976, as equipes de produção preparavam o set de gravação: uma casa assombrada, cujo objetivo é provocar sustos e risadas um tanto quanto histéricas. As equipes se movimentaram rapidamente no cenário, até que derrubaram uma múmia que estava pendurada a partir do teto. “Falsa”, pensaram os produtores. Não era: o caso aconteceu em um parque de Long Beach, Califórnia.
A múmia, autêntica, foi identificada como Elmer McCurdy, morto mais de 60 anos antes, quando tentava assaltar um trem. O criminoso foi embalsamado e o agente funerário gostou tanto do trabalho que decidiu colocá-lo em exposição, cobrando entradas de cinco centavos das crianças e jovens que nem desconfiavam de estar frente a frente com um cadáver real.
Avisos de morte
Isto aconteceu com Charles Peck, em 2008. Ele viajava para Los Angeles, de trem, onde deveria participar de uma entrevista de emprego. O homem de 49 anos estava ansioso, porque, se conseguisse a vaga, poderia finalmente com a noiva. Mas ocorreu um trágico acidente: dois comboios ferroviários se chocaram a mais de 80 km/h.
Sua noiva sobre o acidente, que ficou conhecido como o Crash de Chatsworth, feriu 135 pessoas e matou outras 25. Em seguida, chamadas telefônicas passaram a ser feitas insistentemente. O número era o de Peck. O total de ligações atingiu 35, durante toda a noite.
O resgate, no entanto, não conseguiu explicar o acontecido. Pelo estado do corpo, encontrado apenas 12 horas depois do acidente, ele não poderia ter sofrido ao choque. Além disto, o corpo já apresentava rigidez cadavérica. Ninguém conseguiu explicar as ligações.
Um suicídio muito louco
Pode parecer impossível, mas o inglês David Phyall decidiu se suicidar usando como arma uma serra elétrica. Ele e outros moradores de um prédio antigo de Londres receberam a notificação de que a construção estava condenada e todos deveriam desocupar as suas unidades.
Todos os moradores receberam propostas de mudanças para outras locações. Phyall recebeu 11 ofertas de ocupação definitiva. Mas ele parecia obstinado em não abandonar o seu “home, sweet home”. Ele quis garantir que não sairia do apartamento vivo e provavelmente também quis dar muito trabalho às equipes de resgate.
Phyall prendeu a serra ao pé de uma mesa de sinuca, prendeu o botão no “on” para garantir que nada daria errado (ele acionou um timer, para garantir que o equipamento se desligasse depois de “fazer o serviço”) e tomou um frasco de calmantes. E levou o plano até o fim.
Aconteceu no Halloween
No ano de 2005, em Frederica (Delaware), crianças pediam travessuras ou gostosuras de porta em porta e todos ficam impressionados com uma decoração muito realista: uma mulher, com a forca no pescoço, balançava sem sentidos entre os galhos de uma árvore.
Com o clima de Halloween, com decorações de bruxas, esqueletos e abóboras aterrorizantes, muita gente não desconfiou de que se tratava de um suicídio. O corpo da mulher, de 42 anos, passou várias horas servindo de “cenário” para a festa. O caso só foi esclarecido com a chegada da polícia.
Mais Halloween
Um jovem planejou muito, mas não executou com perfeição a sua ideia para assustar os amigos. Ele queria simular seu enforcamento, mas a corda não cedeu na hora certa e ele acabou morto. Para piorar a cena, ele usava uma máscara cobrindo todo o rosto, impedindo que colegas e passantes pudessem perceber que algo estava saindo errado.
Vale lembrar o caso do ator Thiago Klimeck, que participou de uma encenação da Paixão de Cristo, exibida durante a Semana Santa, em Itararé (SP). Ele fazia o papel de Judas Iscariotes e deveria participar da cena do enforcamento, mas acabou se confundindo e pôs o laço verdadeiro (apenas cênico, mas verdadeiro). Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na Santa Casa.
Enterrado vivo
Por incrível que parece, isto ainda acontece, especialmente em localidades mais isoladas. Ao exumar o corpo, os familiares percebem sinais de arranhaduras na tampa do caixão e outros sinais de tentativa de fuga: o parente foi enterrado ainda vivo.
Isto tem ocorrido cada vez mais raramente. Até o século XIX, na Inglaterra, os erros de avaliação médica ocorriam com tanta frequência, que foi adotado o costume de acoplar uma sineta à mão do falso cadáver, para que ele pudesse pedir ajuda para os coveiros.