A Igreja Católica tem uma hierarquia baseada na estrutura social do Império Romano, que varia das paróquias e dioceses ao poder central, situado em Roma. Até o fim do processo de unificação italiana, em 1870, a Igreja exercia o poder político em boa parte do território do país, o chamado Estado Pontifício. Com a unificação, o papa declarou-se prisioneiro do poder laico, situação que perdurou até 1929, quando o ditador Benito Mussolini e o papa Pio XI assinaram o Tratado de Latrão, que reconheceu a independência política do Vaticano.
O clero católico é dividido em três categorias hierárquicas: episcopado, presbiterado e diaconato: o grau inferior é o de diácono, obtido durante o seminário, seguido pelos de presbítero (ou padre) e de bispo, os únicos que podem ministrar os sacramentos: batismo, confissão, eucaristia, confirmação, matrimônio, ordem e unção dos enfermos. Acima deste, situam-se títulos honoríficos: cardeal e primaz (titular do primeiro episcopado de um país; no caso do Brasil, é Salvador). O próprio papa é um bispo (de Roma).
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Há também os patriarcas, ligados às igrejas orientais. São eles: copta de Alexandria, católico sírio de Antioquia, greco-melquitas de Antioquia, Jerusalém e Alexandria, católico maronita de Antioquia, caldeu de Babilônia e católico armênio da Cilícia.
Todos os ministros católicos são homens, porque a estrutura católica tem sua origem em Jesus e os apóstolos, todos do sexo masculino. O clero católico é obrigado a respeitar o celibato (total abstinência sexual). A atividade e disciplina são reguladas pela Congregação para o Clero (no caso dos diáconos e presbíteros) e pela Congregação para os Bispos.
Todos os que recebem o sacramento da Ordem são considerados sucessores dos apóstolos, e o papa e sucessor direto do apóstolo Pedro, em função de uma passagem do Evangelho segundo Mateus: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Para os católicos, o papa é o chefe supremo da Igreja, vigário do Cristo. Ele é eleito e aconselhado pelo Colégio dos Cardeais; quando fala sobre fé e moral, é considerado infalível. Este dogma foi instituído no final do século XIX: é a infalibilidade papal. O papa não pode errar quando discorre sobre estes temas.
Os arcebispos são prelados que estão à frente de arquidioceses. Quando a arquidiocese é sede de uma província eclesiástica, eles recebem o título de arcebispos metropolitas; passam a ter poderes de supervisão e jurisdição sobre outras dioceses pertencentes à província.