Ácaros, mofo, baratas, pele e pelos de animais, esporos de fungos, pólen, poeira, alimentos e medicamentos. São muitos os antígenos (substâncias estranhas ao nosso organismo) que provocam as alergias. Felizmente, existem algumas formas naturais para aliviar estes males.
Em primeiro lugar, é preciso manter a casa saudável. Na hora de escolher os móveis, dê preferência aos modelos simples, com bordas lisas, sem reentrâncias (onde se acumulam os antígenos), que são mais fáceis de limpar. As cortinas devem ser leves, de trama mais fechada, higienizadas periodicamente com aspirador de pó e lavadas a cada seis meses.
Almofadas, travesseiros e colchões são ótimos criadouros de ácaros. A limpeza deve ser feita todas as semanas e é necessário estar atento ao prazo de validade: com seis meses de uso, um travesseiro pode ter 25% de seu peso formado por estes aracnídeos vivos ou mortos.
Mas, atenção: estes utensílios não devem ser colocados ao Sol: os raios ultravioleta são excelentes auxiliares para destruir microrganismos presentes na superfície dos mais diversos tecidos, mas, no caso de colchões & Cia., os ácaros se ocultam no interior e o aumento da temperatura estimula a procriação. Providências fundamentais: encapá-los com forros contra ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente.
Os ambientes precisam estar ventilados durante todo o dia, com as janelas abertas, mesmo nos dias frios. Não é necessário se preocupar: as correntes de vento não agravam os sintomas das alergias.
Os sintomas das alergias
Quem sofre com alergias sabe: a chegada do tempo frio e seco e as mudanças bruscas de temperatura são “convites” para olhos e nariz irritados, tosse seca, dificuldade para respirar e muitos espirros. Nas estações mais frias, asma, rinite e sinusite são as predominantes: no inverno, os prontos-socorros pediátricos apresentam aumento de até 30% dos atendimentos.
Formas naturais para aliviar as alergias
Apesar de ser importante salientar que os tratamentos naturais não eliminam o uso de medicamentos, existem muitas maneiras para aliviar as alergias. Entre elas, destacam-se manter a boa higiene, lavar nariz e olhos regularmente, evitar roupas de tecido sintético e melhorar a dieta.
Algumas pessoas conseguem identificar os motivos que disparam as crises alérgicas: determinados aromas, contato com animais, pólen. Nestes casos, basta eliminar ou reduzir a exposição a estes gatilhos. Alergias alimentares, de pele, nariz e vias respiratórias muitas vezes podem ser aliviadas com esta providência simples.
O Sol garante a fixação da vitamina D, presente na gema de ovo, fígado, manteiga e peixes de águas frias. A substância aumenta a resistência muscular dos brônquios e reduz as alergias com eficiência. Um banho diário de Sol entre 15 e 20 minutos é suficiente.
Os peixes de águas frias, como sardinha, atum, arenque, cavala e salmão, são ricos em ômega 3 (também presente nas oleaginosas, como nozes e amêndoas). este ácido graxo inibe a produção das prostaglandinas, que reduzem o calibre dos brônquios e bronquíolos, reduzindo o risco de infecções, inflamações e reações alérgicas.
Por que usar tecidos naturais? Porque os sintéticos acumulam carga elétrica que atrai pequenas partículas que estejam flutuando nas proximidades. Esta é uma dica especial para quem tem alergias a pó, pólen e esporos de fungos.
Água!
Uma dica importante: procure melhorar a umidade do ar ambiente. Quando a umidade relativa cai abaixo de 30%, surge o estado de atenção e começam as complicações, com o comprometimento da secreção líquida das narinas, uma proteção natural do nariz.
Umidificadores, toalhas úmidas, bacias com água e até vasos de plantas nos quartos ajudam a aliviar esta condição. Evite esforços físicos desnecessários e, no escritório, lave regularmente a região dos olhos e do nariz com soro fisiológico; se não for possível, umedeça estas áreas ao menos com água da torneira, sem usar sabonete.
Se a hidratação da pele, narinas e olhos é importante, a dos órgãos internos é fundamental. Muitas pessoas não têm o hábito de beber água, especialmente nos dias mais frios do ano. Além de causar muitos malefícios à saúde, a carência de água resseca as mucosas dos pulmões e vias aéreas superiores. Esta é uma dica de prevenção.
Odores
Os odores fortes ocupam destaque na relação dos “disparadores de alergias”. É preciso identificá-los não apenas nos perfumes, mas em todos os produtos de higiene e beleza (cremes, sabonetes, cosméticos, etc.) e também nos produtos de limpeza. Estes itens não causam as crises necessariamente, mas podem agravar os sintomas e aumentar o desconforto.
Pesquisas indicam que os brasileiros dão preferência para produtos com cheiro destacado e, no caso de sabonetes, sabões e detergentes, para os que fazem bastante espuma. Nem a espuma, nem o odor, porém, estão relacionados à higienização. Portanto, é importante selecionar itens neutros.
Bom apetite!
O nome parece um palavrão: quercetina. Trata-se de um flavonoide natural com propriedades farmacológicas: ele é antiviral, antialérgico e anticarcinogênico. A quercetina também é um antioxidante poderoso, que inibe a produção de histamina, responsável pela dilatação dos vasos sanguíneos (fato que dá início a um processo alérgico).
A substância, de fácil extração para fins farmacêuticos (desta forma, permite a oferta de produtos mais baratos) está presente em muitos vegetais; brócolis, couve, maçã, alho e cebola são algumas das principais fontes. Sob orientação médica, a quercetina pode ser consumida em cápsulas.
Outros alimentos ricos neste flavonoide são o chá verde e as frutas cítricas (laranja, limão, tangerina, kiwi, etc.). Especialistas indicam o consumo diário de 1.000 a 2.000 miligramas de vitamina C, de acordo com a constituição física, nos períodos de crise. Um copo de suco de 300 mililitros é mais do que suficiente para garantir esta quantia.
As formas naturais aliviam as alergias e seus sinais, permitindo o desenvolvimento das tarefas do dia a dia com mais disposição e menos limitações. No entanto, é importante permanecer sempre alerta quanto ao agravamento dos sintomas (especialmente nas crianças, que quase nunca conseguem descrever os motivos dos desconfortos). Se houver alterações, a ajuda médica deve ser procurada.