Existem várias lendas urbanas sobre o Google. Em uma delas, Larry Page e Sergey Brin, os criadores da empresa, também chamados de Google guys, teriam ferramentas para capturar dados sigilosos dos internautas. Outra teoria da conspiração surgiu em 2006, quando foi divulgado que o banco de dados do Google teria atingido a marca de 800 Tbytes (um terabyte equivale e 1.024 Gbytes) e fontes da Universidade de Cambridge (ou Harvard, em outras versões) teriam concluído que isto superava todo o conhecimento humano acumulado nos últimos cem mil anos.
Exageros à parte, o Google é o buscador mais acessado da rede mundial desde 1998. Em 2012, a empresa divulgou que são 70 bilhões de acessos diários (6% do tráfico total da internet, inclusive o trânsito de e-mails), e o site não sai do ar graças a 500 mil servidores que administram mais de um trilhão de sites (o número se refere apenas à página principal de cada site, sem contar os links que surgem durante a navegação – por exemplo, acessar o netbanking e seguir para a página de transferências eletrônicas ou pagamentos). É também um navegador eficiente – o Chrome. É um dos três mais utilizados, ao lado do Internet Explorer, da Microsoft, e do Mozilla Firefox.
E o Google não é apenas um site de buscas. Ele oferece diversas ferramentas úteis para o dia a dia, nestes tempos de conexão total. O primeiro deles é o Gmail (www.gmail.com), serviço gratuito de correspondência eletrônica. Inicialmente, o Gmail era um serviço de intranet, para comunicação entre os funcionários do Google.
Em 2004, a empresa disponibilizou o serviço, mas era preciso receber o convite de um usuário para criar o endereço eletrônico. As vantagens são a possibilidade de formar grupos (família, amigos, colegas de trabalho, etc.) para mandar mensagens coletivas, e o serviço antispam, que elimina 95% do lixo eletrônico enviado.
Para muita gente, no entanto, o e-mail está acabando, dando lugar às mensagens eletrônicas, serviço presente nas redes sociais. Para se manter na dianteira, o Google lançou o Gtalk (www.google.talk.com), serviço de mensagens de texto, troca de arquivos (sem limite de tamanho), telefonia via VoIP (voz sobre Internet Protocol, o “endereço” de cada computador na web) e videoconferência. O usuário pode fazer o download de um gadget do Google Talk, que transforma o iGoogle (a página personalizada do Google) num miniblog, que também organiza as preferências na web. É possível usar o Gtalk através do Gmail, iGoogle e do quase falecido Orkut.
O Drive Google (https://www.drive.google.com) permite o arquivo de documentos gerados no computador e abrir espaço no disco rígido. É possível compartilhá-los, torná-los públicos ou enviá-los por e-mail. É possível também criar arquivos diretamente no site, que oferece processador de texto, planilha de cálculos e apresentação de slides, além de um software com ferramentas básicas para a produção de desenhos.
Com o Google Maps (www.maps.google.com.br), o usuário pode acessar mapas de ruas, detalhes topográficos da região consultada e, em alguns casos, a situação do trânsito local. O site ainda traça rotas a pé e de carro em diversas cidades brasileiras. As câmeras tiram várias fotografias por segundo dos locais monitorados – em alguns casos, na perspectiva do pedestre. Para proteger a privacidade, o Google, depois de muitas reclamações, passou a borrar o rosto dos transeuntes.
“Cria” do Google Maps, o Google Earth (www.earth.google.com.br) permite ao internauta viajar por diversos locais, inclusive para fora da Terra. São vistas tridimensionais de edificações e mapas topográficos. É preciso fazer o download do recurso, disponível em vários sites.
A marca registrada do Google é a experimentação e, por isto, muitas ferramentas foram criadas e descontinuadas: é o caso do Desktop, que permitia encontrar um arquivo ou e-mail a partir de uma única palavra contida no texto, o Calendar (uma agenda eletrônica). O próprio site que apresentava as inovações, o Google Labs, já saiu do ar, mas ainda está disponível para os usuários do Gmail.