A Febre Q é uma doença causada por infecção da Coxiella burnetii, uma bactéria que afeta seres humanos e outros animais. Este organismo é incomum, mas pode ser encontrada em bovinos, ovinos, caprinos e outros mamíferos domésticos, incluindo gatos e cães. A infecção resulta da inalação de uma variante de células de esporos pequenos, e de contacto com o leite, urina, fezes, muco vaginal ou sêmen de animais infectados. Carrapatos podem ser hospedeiros, porém isso é muito raro.
Os Estados Unidos investigaram a febre Q como um agente de guerra potencial na década de 1950. Humanos foram feitos cobaias para se determinar o grau de infecção da doença; normalmente essas pessoas eram voluntárias. Eles eram submetidos à contaminação e depois eram colocados em observação para se saber o grau da infecção e por quanto tempo atingiria seu ápice. Bizarro não?
A febre Q tem sido descrito como uma possível arma biológica. Nenhuma morte foi registrada por esta operação, que foi de 1954 a 1973.
As manifestações mais comuns são: leves sintomas de gripe, com início abrupto de febre, mal-estar, transpiração profusa, cefaléia intensa, mialgia (dor muscular), dor nas articulações, perda de apetite, problemas respiratórios, tosse seca, dor pleurítica, calafrios, confusão e sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarréia.
A forma crônica da febre Q é praticamente idêntica à inflamação do revestimento interior do coração (endocardite), que pode ocorrer meses ou décadas após a infecção. Geralmente é fatal se não tratada. No entanto, com o tratamento adequado a mortalidade cai para cerca de 10%.