Os sonhos fazem parte do cotidiano do ser humano desde que domesticou o fogo, conseguiu afastar animais e pôde morar em cavernas e grutas, garantindo com isto um sono mais tranquilo e por um período mais dilatado. Nos sonhos, vivenciamos mais uma vez o que aprendemos durante o dia. Sonhamos desde antes de nascer, ainda no útero materno.
Quando temos que nos privar de alguma coisa, invariavelmente sonhamos com ela. Se estamos em dieta, o sonho nos leva a uma churrascaria. Se estamos proibidos de beber por qualquer motivo, vamos diretamente para um bar, mesmo que beber não seja um hábito entranhado.
Cegos também sonham. Pessoas que nasceram cegas não desenvolvem imagens durante os sonhos, mas têm experiências com os outros sentidos. Já os que perderam a visão por doença ou trauma têm sonhos como as pessoas de visão normal.
As crianças têm mais pesadelos que os adultos. Isto acontece porque o mundo é muito mais aterrador para uma criança. Com o tempo, os pesadelos diminuem. Os adolescentes, rapazes e moças, sonham com símbolos fálicos.
Esquecemos 90% dos sonhos passados dez minutos depois de acordados. Para mantermos a memória de um sonho, é preciso registrá-lo assim que acordamos (o que é uma tarefa bastante difícil, convenhamos).
Algumas pessoas dizem não sonhar. É que provavelmente já acordam “turbinadas” e assim esquecem-se imediatamente. Todos sonhamos, inclusive os mamíferos.
Como sonhamos com nossas experiências, homens sonham mais com homens e mulheres, com mulheres. É como se fosse um espelho. E, não importa a natureza do sonho, temos reações genitais quando eles acontecem.
Sonhou com um estranho? Definitivamente, não. Todos os rostos que aparecem nos sonhos são de pessoas conhecidas, mesmo que as tenhamos visto apenas de relance. Amigos e familiares são os protagonistas dos sonhos, enquanto aos desconhecidos cabe o papel de figurantes.
Ao vivo e em cores? Não para todos. Cerca de 10% da população sonha apenas em preto e branco.
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, afirmava que sonhamos com os nossos desejos reprimidos. Os fatos produzidos pelos sonhos não têm literais: são símbolos de traumas e recalques que acumulamos durante a vida.
Os sonhos não acontecem durante todo o sono; apenas nos períodos em que ocorre o REM (rapid eyes movement). Nestes momentos, em que os olhos se movimentam, o restante do corpo entra numa inatividade quase total.
Existe um fato chamado incorporação ao sonho. É quando estímulos externos alteram o “roteiro”: um grito ou uma buzina, uma necessidade física, como fome e sede, são imediatamente incorporados ao sonho. Este é o motivo por que algumas crianças grandinhas molham o colchão. Eles sentem a bexiga cheia, sonham que estão no banheiro e relaxam, expelindo a urina.
Algumas religiões acreditam que o espírito se desprende do corpo durante o sono e vai em busca dos seus interesses. Esta seria a explicação para os sonhos.