O uso da vibração para aumentar a força física e fortalecer os músculos tem sido usado desde que a eletricidade foi descoberta. Há cerca de 50 anos, estudos científicos começaram a comprovar os resultados positivos e os exercícios na plataforma vibratória começaram a ganhar adeptos.
Os efeitos são semelhantes aos das cintas vibratórias usadas para reduzir gordura localizada, mas, na plataforma vibratória, a aplicação da vibração é indireta e obriga todos os músculos do corpo a trabalhar em sincronia, quando o atleta está simplesmente parado sobre ela. O princípio dos exercícios é baseado numa das leis do cientista inglês Isaac Newton, Pai da Física moderna: força = massa X aceleração. Com a massa (o corpo) acelerada pela vibração, obtém-se mais força. Só para comparar e facilitar o entendimento, a musculação obriga o corpo a fazer força, obtendo como resultado mais massa.
Por serem de baixo impacto, os exercícios na plataforma vibratória são indicados também para idosos e pessoas debilitadas (no entanto, são contraindicados para grávidas). As modernas plataformas surgiram com fins específicos para a fisioterapia: redução da gordura localizada, aumento da flexibilidade, drenagem linfática, fortalecimento muscular, dos tendões e articulações, etc., mas logo desembarcaram nas academias, porque permitem a execução de exercícios simples, com resultados rápidos e consistentes. Estes resultados são alcançados porque o treino garante alto gasto calórico, com impacto quase nulo para o corpo.
Os aparelhos permitem 800 modos de vibração (controlados por softwares), normalmente desenvolvidos em sessões de 30 minutos, com pausas a cada cinco minutos, bastante úteis desde para quem quer se manter em forma, até para atletas de alto rendimento, passando por quem busca efeitos estéticos. Os equipamentos podem ainda ser empregados para exercícios localizados, posicionando apenas braços e pernas sobre a esteira, para fortalecê-los. As posições, no entanto, são sempre estáticas.
A frequência e a duração, porém, variam de acordo com a idade, condições de saúde e condicionamento físico do usuário: para os sedentários, pode ser preciso começar com apenas 30 segundos de plataforma.
Além, disto, é preciso o acompanhamento de um profissional, para corrigir a postura: uma pessoa com a coluna vertebral curvada de forma errada ou com os quadris mal posicionados sobre a plataforma só vai obter dores de cabeça com o exercício, porque a vibração se acumulará na nuca e no crânio. Os aparelhos são vendidos por diversas empresas, com preços que variam dos bem acessíveis aos similares a um carro popular. As plataformas mais baratas, no entanto, podem oferecer um baixo nível vibratório, o que resultará em resultados quase nulos.
Os exercícios são uteis para quem tem problemas com a fixação de cálcio nos ossos (como as mulheres na menopausa), por causa do estímulo gerado pela vibração, que fortalece a massa óssea. Problemas nos ligamentos, que causam muitas quedas e desequilíbrios, são amenizados porque a plataforma melhora a cinestesia (a capacidade de reconhecer a localização espacial do próprio corpo sem o uso da visão).
Como qualquer exercício, no entanto, a plataforma vibratória não faz milagres. De acordo com educadores físicos, ela deve ser associada a outros exercícios, como pilates, musculação, spinning, esteira, etc. O ideal é alternar as práticas físicas e, claro, combiná-los com uma dieta saudável.
A plataforma também não é indicada para portadores de marca-passo, mulheres que usam o DIU (dispositivo intrauterino) como anticoncepcional e quem sofre de desvios de coluna (escoliose, lordose, etc.), hérnias de disco, artrite reumatoide, doenças cardíacas graves, labirintite e também para quem está se recuperando de cirurgias ou de fraturas. A avaliação médica é muito importante para a prática.