Muitas pessoas abrem seu guarda-roupa e simplesmente não conseguem encontrar a roupa desejada. Com o passar dos dias e a correria da vida moderna, as peças do armário vão saindo e entrando sem nenhuma ordem, meias se misturam a camisetas, peças pouco usadas são espremidas no fundo do móvel e o dono da bagunça acaba achando que não tem nada para vestir, mesmo com o armário abarrotado. De tempos em tempo, é preciso organizar o guarda-roupa.
Em primeiro lugar, vamos abrir espaço, sempre necessário, mesmo para quem tem um closet bem amplo. Abra as portas, respire fundo e retire todas as peças que você não usa há mais de um ano, e também aquelas que não vestiram bem, apesar de terem parecido um espetáculo no trocador da loja (é a iluminação especial, truque utilizado por lojistas para emagrecer o cliente, torná-lo mais alto, etc.: fique atento a isto também. Assim, não precisará lotar o armário com peças inúteis.).
Quase todas as mulheres são apaixonadas por sapatos e muitas delas compram por impulso. Uma dica para garantir a organização do guarda-roupa é usar a técnica “quando um par entra, outro sai”. Pode ser bem doloroso, mas sempre há aquele calçado esquecido há tempos, ou que faz o pé doer. O mesmo vale para os colecionadores: ninguém precisa de 20 camisetas. Aproveite e doe para uma instituição de caridade.
Dependendo do tamanho do quarto, o guarda-roupa não pode ser grande, para não atravancar a circulação, ocupando muito espaço. Em dormitórios pequenos, compre um móvel adequado, use cabideiros múltiplos e pendure a sapateira na porta. Nas gavetas pequenas, deixe camisetas, meias e roupas íntimas enroladas. Se a altura for suficiente, coloque-as na vertical. As peças ficam mais visíveis na hora de escolher o look diário.
Os cabides são outro item importante. Normalmente, são usados artigos plásticos, que se deformam com o tempo, exigindo uma difícil decisão: passar a roupa ou sair com uma aparência amarrotada. Eles só devem ser usados para pendurar camisas (é preciso fechar o primeiro botão, para manter o alinhamento) e vestidos de verão; se estiverem muito arqueados, o destino é o lixo. Cabides de arame são um “pecado” contra as roupas: marcam as peças e podem até furá-las.
Para peças mais pesadas, casacos, ternos e vestidos mais encorpados, devem ser usados cabides de madeira com reforço nos ombros. A trave horizontal é indicada para calças (quando o móvel não dispõe de um calceiro). Para roupas delicadas, os cabides devem ser acolchoados. Não deixe roupas embaladas em sacos plásticos, porque eles impedem que o tecido respire, e isto vai estragá-lo em pouco tempo.
Blusões de lã e outros tecidos que perdem a forma não precisam – nem devem – ser pendurados. Eles podem ficar nas gavetas e prateleiras. Como no Brasil quase sempre faz calor, mantenha as peças mais quentes nas divisórias superiores, porque elas são menos usadas. Se o espaço for insuficiente, deixe as roupas de inverno no maleiro ou em caixas, onde seja possível guardá-las. Mas em regiões como São Paulo, onde “o frio engana”, deixe uma jaqueta ou um suéter numa posição estratégica.
Cintos e acessórios podem ser guardados em cabides especiais ou enrolados, no fundo das gavetas. É preciso tomar cuidado para não dobrá-los nem apertá-los demais, para não danificar o material.
Organize as roupas por cores e mantenha-as separadas – calças, camisas, saias, etc. Isto facilita bastante a escolha, principalmente naqueles momentos corridos do dia.
Joias, bijuterias, perfumes, cosméticos, etc. não devem ficar no guarda-roupa. Eles podem danificar as roupas, impregnar com aromas indesejados e, em um acidente, rasgar o tecido daquela blusa fantástica. Organize-os numa cômoda, separados por tipo e função: para o dia a dia, para a noite, etc.
Mesmo com todas estas dicas, é importante também pensar que um móvel empoeirado e úmido provoca grandes desastres nas roupas. Uma vez por semana, abra as portas e deixe que sejam ventiladas e ensolaradas. Em imóveis com infiltrações, existem produtos específicos para retirar a umidade.