A conexão com a internet está cada vez mais comum no Brasil. Quase metade da população (47% dos maiores de dez anos) está ligada à rede mundial de computadores. Muitos preferem os tablets e notebooks, pela praticidade de uso, mas é possível garantir a conexão sem fio também para outros computadores de mesa.
Configurar uma rede sem fio é simples. Os planos de banda larga fixa mais baratos estão em torno de R$ 40,00 mensais e só é preciso adquirir um roteador para compartilhar o sinal com outros aparelhos (os mais simples custam cerca de R$ 60,00). Mas é preciso cuidados para ter uma rede segura: com o sinal desprotegido, vizinhos podem utilizá-lo, reduzindo a velocidade de conexão, e hackers podem invadir os computadores a capturar senhas.
Em primeiro lugar, é preciso criptografar o roteador. Isto significa que o acesso só será possível para quem tem a senha e a chave de segurança. Com isto, os dados estarão protegidos e eventuais invasões se tornam mais difíceis. Todos os roteadores disponíveis no mercado dispõem de padrões de criptografia. O mais comum é o WAP2. Basta seguir as instruções do manual e escolher uma senha de oito dígitos. Especialistas recomendam misturar letras e números, para aumentar a segurança. A senha, é claro, deve ser mantida oculta e trocada frequentemente.
O roteador deve ser mantido num local alto, sem interferências nem bloqueios, de preferência no centro do apartamento ou casa, para garantir o sinal em todos os cômodos. O aparelho possui uma antena, que deve estar sempre posicionada para cima, e não para o local em que está o computador que deve receber o sinal da conexão sem fio. Roteadores transmitem sinais de rádio e, por isto, precisam ficar distantes de aparelhos que possam provocar interferências, como fornos de micro-ondas e telefones sem fio. Se a interferência for muito forte, podem-se trocar os aparelhos por outros com frequências diferentes. Em geral, no entanto, deixar os equipamentos a distância resolve o problema.
Existem quatro padrões para redes sem fio: A, B, G e N. o padrão B transmite dados com até 11 Mbps de velocidade; A e G, 54 Mbps: o mais moderno é o padrão N, capaz de transmitir os dados com até 600 Mbps. Mas, para obter as vantagens do padrão N, é preciso ter uma placa de rede compatível (placas antigas podem simplesmente não reconhecê-lo). A troca da placa, no entanto, é bastante simples.
Quando muitas pessoas partilham o sinal, é possível que a velocidade caia, especialmente durante os downloads de vídeos e jogos eletrônicos. É possível, no entanto, configurar a rede para que determinados programas tenham prioridade (por exemplo, chamadas de vídeo podem ter preferência sobre downloads). Isto é feito com a configuração do QoS (Quality of Service), presente na maioria dos roteadores sem fio. É possível inclusive bloquear um programa ou site.
Em casas maiores, é possível utilizar um roteador como repetidor de sinal. Instalado em outro computador, ele funciona retransmitindo o sinal de internet. Pode-se utilizar um roteador mais antigo, instalando um firmware (o conjunto de instruções instaladas num hardware qualquer), como o DD-WRT e o Open-WRT, disponíveis para download na internet.
O superaquecimento pode travar o roteador. É uma medida de segurança para evitar a perda do aparelho. Isto, no entanto, pode ocorrer durante uma importante transferência de dados, no meio de um jogo ou de uma conversa com alguém no outro lado do mundo. Por isto, é importante reiniciar manualmente o roteador, ou programá-lo para reiniciar diariamente, num horário em que ninguém esteja navegando na internet. O DD-WRT também possui esta função.