Pesquisando e planejando, é possível economizar bastante nas passagens aéreas. Confira as dicas.
Em tempos de preços descontrolados, é possível economizar um bom dinheiro na compra de passagens aéreas. Graças à internet, é possível conferir descontos e promoções em diversos sites, como Decolar.com, 123milhas, Viajanet e muitos outros.
Antes de reservar os assentos, é importante também verificar as ofertas das companhias aéreas, como Gol, Latam e Azul. É importante lembrar, no entanto, que é preciso verificar todas as condições. Algumas vezes, o preço do bilhete é inferior, mas as taxas de embarque podem transformar a compra em um mau negócio.
O ideal é planejar as viagens com antecedência. Caso os voos sejam rotineiros – é o caso, por exemplo, de empresários e funcionários que viajam regularmente –, é fundamental comparar as condições oferecidas pelos planos de fidelidade. Às vezes, as diferenças de preços são exorbitantes.
Lembre-se: na maioria das viagens, especialmente as de curta duração, o preço das passagens aéreas pode representar a maior parte dos custos, muito acima de estadia e traslado. Por isso, é fundamental dedicar um tempinho para pesquisar.
As dicas para comprar passagens aéreas mais baratas
Felizmente, já vão longe os tempos em que a pesquisa sobre preços de voos se resumia a classificados de companhias aéreas e empresas de turismo, além de alguns telefonemas e poucas visitas para conferir os custos in loco.
A internet garantiu mais informação para os consumidores. Em poucos minutos, é possível comparar preços e horários de diferentes voos, além das opções no destino: desembarcar em um aeroporto distante do hotel pode significar custos extras que neutralizam os benefícios dos descontos obtidos.
01. Pesquise em diferentes sites de compras
Muitas empresas online e físicas adquirem lotes de passagens, negociando diretamente com as companhias aéreas. As condições das negociações, evidentemente, variam não apenas de acordo com o site visitado, mas também com o dia da visita.
Trivago, Decolar, 123Milhas, Expedia, CVC, Kayak, ViajaNet e Hurb são apenas algumas das opções de empresas que vendem passagens aéreas com desconto. Os preços variam de acordo com as condições negociadas; por isso, não vale a pena ser um cliente fiel de uma operadora, sem verificar os custos.
02. Seja flexível
Os horários e datas de voos fazem grande diferença no preço das passagens. Se você não tiver urgência em embarcar – a viagem pode ser realizada, sem nenhum prejuízo, em um intervalo de três ou quatro dias – confira os preços em datas diferentes.
Os voos mais caros se concentram nos finais de semana. Há também diferenças sensíveis de preços em períodos próximos a feriados prolongados e datas comemorativas nos locais de destino (o Carnaval em várias cidades brasileiras e o Natal em Gramado, por exemplo).
Outro ponto importante: os voos noturnos costumam ser bem mais baratos que aqueles cujo embarque e desembarque acontecem em horários comerciais. É preciso, nestes casos, ter outro cuidado, como verificar as condições de transporte e segurança ao precisar se deslocar em outra cidade durante a madrugada.
Os voos mais baratos costumam se concentrar nas quartas-feiras: se for possível marcar o início da viagem nesses dias, o turista ganhará bons descontos. Os preços dos voos de sábado também tendem a ser mais baratos que os de domingo.
03. Planeje férias fora da alta temporada
Nas viagens de lazer, sempre que possível, o ideal é comprar passagens aéreas em períodos de pouca demanda. Os meses de março e agosto, por exemplo, apresentam grandes ofertas, por marcarem o início dos semestres letivos.
Nem sempre é possível conciliar isso. Uma viagem para o sul da Bahia, por exemplo, não é recomendada no inverno. O calor continua o mesmo, mas as chuvas no litoral do Nordeste se concentram entre junho e agosto.
Seja como for, os preços são bem mais baratos fora da alta temporada. A economia ocorre não apenas na compra das passagens aéreas, mas também na contratação de estadia, traslado e passeios. E algumas viagens não perdem quando são feitas longe da alta estação: o Rio de Janeiro é bonito durante o ano inteiro. Roma e Paris são muito aconchegantes também no início da primavera e do outono – e as temperaturas não são tão baixas.
04. Compre as passagens aéreas com antecedência
Para quem consegue planejar os deslocamentos aéreos com bastante antecedência, os preços das passagens costumam ser bem mais convidativos.
Não é preciso antecipar-se demais. Quem está planejando férias pode procurar adquirir as passagens com quatro ou cinco meses de antecedência. As companhias de viagens costumam elevar o preço à medida que se aproxima a data de embarque, especialmente em viagens para pontos turísticos.
Locais muito visitados também têm passagens mais caras nas horas finais antes do voo. No Brasil, dificilmente um voo aterrissa em Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo com passagens vazias. Por isso, quem decide comprar os bilhetes poucos minutos antes da decolagem acaba pagando mais caro.
05. Escolha voos com conexões
Certamente, é muito mais rápido, seguro e prazeroso viajar em um voo non-stop. Os passageiros embarcam nas cidades em que residem e, algumas horas depois, pousam no destino.
No entanto, os voos com conexões oferecem preços bem mais baixos. Algumas vezes, as escalas aumentam o tempo de viagem (é o caso, por exemplo, de um voo de São Paulo para o Cairo, com escala em Roma).
Os chamados voos “pinga-pinga” chegam a oferecer descontos inacreditáveis. A vantagem, para as companhias aéreas, é que elas podem embarcar e desembarcar novos passageiros em cada escala. Os viajantes que seguem até o destino final precisam ficar atentos ao tempo de espera nas escalas e também para as condições para seguir viagem, caso um atraso impeça um eventual segundo embarque: é o aircraft change in route (troca de aeronave durante a rota).
06. Faça o check-in pela internet
Não é necessário chegar com algumas horas de antecedência para fazer o check-in no balcão da empresa: todas as companhias oferecem o serviço online, em que os passageiros confirmam a viagem e podem imprimir os vouchers.
Além de ser mais cômodo e prático, algumas companhias cobram taxas para o check-in no balcão – e até mesmo nos terminais eletrônicos dispostos nos aeroportos. Estas taxas, em um voo internacional, podem chegar a US$ 30.
07. Fique atento aos preços
Muitas vezes, os preços das companhias aéreas estrangeiras são mais baixos, mas isto nem sempre compensa. Caso seja necessário fazer o pagamento em dólares, através de um cartão de crédito internacional, será cobrado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o preço, e isso pode eliminar a vantagem financeira.
A alíquota é de 6,38% para compras internacionais e a operadora do cartão se encarrega da cobrança do imposto. Uma alternativa é usar os sites brasileiros das aéreas estrangeiras (como United ou Air France, por exemplo). Mas é importante verificar, na confirmação da compra, se os preços estão expressos em reais.
Em tempo!
- Desconfie de preços muito baixos. Algumas companhias aéreas, quando passam por dificuldades financeiras, tendem a oferecer promoções imperdíveis, mas nem sempre têm condições de cumprir o prometido.
É o caso, por exemplo, da ITA – Itapemirim Transportes Aéreos –, uma empresa recém-fundada que, em dezembro de 2021, deixou muitos passageiros em aeroportos de todo país, ao cancelar dezenas de voos. Dias depois, a empresa encerrou as atividades.
- Viajar na classe econômica é sempre mais barato do que optar pela classe executiva. No entanto, especialmente em viagens longas, o desconforto pode não valer a pena. Pessoas muito altas e/ou com sobrepeso podem ter problemas mais ou menos sérios de saúde ao passarem várias horas sentadas em poltronas estreitas e com pouco espaço para as pernas.
- Os voos que chegam aos aeroportos no fim da noite ou na madrugada são sempre mais baratos e quase sempre vale a pena aproveitar os descontos. Os viajantes, no entanto, precisam ficar atentos quanto às condições de deslocamento no destino. Regiões inseguras ou pouco movimentadas podem representar um péssimo começo de viagem.
- Algumas empresas aéreas, classificadas como “low cost” (“custo baixo”, em português) oferecem preços convidativos e são uma excelente opção para se deslocar, por exemplo, na Europa ou nos EUA, entre as cidades intermediárias que serão visitadas no passeio.
Esses voos, no entanto, quase nunca oferecem refeições (nem mesmo lanches), há limite para o transporte de bagagens, todas as poltronas são idênticas e não há opções para a companhia de animais de estimação que estejam viajando com os tutores. De um jeito ou de outro, são uma opção para trechos intermediários, porque realmente são muito mais baratas.
- Em muitos voos “populares”, é preciso estar atento (e preparado) para a falta de algumas comodidades. Os assentos podem ser menores e mais duros, a tela de TV quase sempre é minúscula (e às vezes é inexistente) e há cobranças de taxas extras para excesso de bagagem, drinks durante o voo, etc. Muitas vezes, esses voos só saem mais baratos para quem viaja com poucas malas e não consome nada durante o trecho.
- Cuidado com os horários. Os voos mais baratos geralmente estão condicionados a algumas situações, como horário e data. Verifique as condições no momento da aquisição das passagens: em alguns casos, não há reembolso em casos de atraso que impossibilitem o embarque.
- Os serviços de vendas online quase sempre oferecem um serviço de alerta sobre promoções e descontos. No caso de pessoas que viajam com muita frequência, é recomendado acionar o alerta, que informa os melhores preços.
- Estudantes, mesmo em férias, têm direito a alguns descontos oferecidos por empresas online e físicas. Para facilitar o acesso, é importante obter uma carteira internacional de estudante (expedida pelo Student Travel Bureau – STB, por exemplo).