Diariamente, 80 mil trens partem das grandes cidades da Europa. Tanto nos deslocamentos rápidos, com os trens expressos, como nos panorâmicos, as viagens são agradáveis, silenciosas e as empresas oferecem opções para todos os bolsos. Pode-se viajar numa poltrona (bastante confortável) ou optar pelos trens leito, com vagão-restaurante e serviço de bordo.
Para viajar de trem pela Europa, o melhor é adquirir um passe, como britrailpass, europass, felxipass ou german rail. Há outras opções, como o eurailpass, disponível apenas para cidadãos europeus ou para quem mora no continente há mais de seis meses, e o saverpass, para duplas ou grupos de viajantes.
Com o passe, por um determinado período e dentro de algumas condições, é possível fazer várias conexões sem perder tempo nos guichês de passagens (na primeira vez que for utilizado, é preciso validá-lo). Os passes devem ser comprados aqui no Brasil, antes do embarque; eles não são vendidos para estrangeiros. As operadoras de viagens disponibilizam passes para compras em sites e nas agências de viagens.
Para economizar nas estadias, o melhor é escolher os trens noturnos. Por extras que variam entre 10 e 20 euros, as empresas oferecem poltronas reclináveis, dormitórios de até três camas (que podem ser reservados por grupos ou famílias) e couchettes, quartos mais simples que abrigam até seis passageiros.
As desvantagens são o barulho dos trilhos durante toda a noite e ter que dividir o quarto com estranhos. Mas na viagem noturna você economiza tempo e pode conhecer mais pontos turísticos.
O melhor das viagens de trem pela Europa é que você pode escolher roteiros diferentes, que fogem das mesmices dos pacotes turísticos. Para quem não conhece o continente, o ideal é começar pelos destinos mais procurados, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Alemanha. Atravessar o canal da Mancha de trem é bastante chato, mas a viagem de trem-bala de Paris a Londres é mais rápida que a de avião.
Quem já viajou pode descobrir destinos maravilhosos: a Escandinávia, passeando por Finlândia, Noruega e Suécia, pelos países bálticos – Estônia, Lituânia e Letônia, ou os Bálcãs – Grécia, Sérvia, Montenegro, Macedônia, Croácia e Turquia. As viagens podem ser feitas em qualquer época do ano. Tanto o inverno quanto o verão apresentam paisagens inesquecíveis.
Algumas travessias são feitas com balsas, como da Itália para a Suíça e o trecho marítimo entre a Turquia europeia e asiática. Vale a pena conferir.
Na maioria das estações ferroviárias europeias, não há fiscais nem catracas para o acesso às plataformas. O controle de passagens é feito dentro dos trens. Antes de viajar, planeje seu roteiro, fazendo simulações nos sites que vendem os passes. É preciso um pouco de espírito aventureiro, mas vale a pena.