Em algumas pessoas, a produção de sebo pelas glândulas sebáceas é excessiva e é isto que provoca a pele oleosa. O sebo é constituído por várias substâncias que hidratam os pelos e evitam que eles se tornam quebradiços. Além disto, conferem oleosidade à pele, evitando a evaporação da água sobre a epiderme e reduzindo a proliferação de fungos e bactérias.
Quando o organismo produz sebo em excesso, no entanto, ocorre uma dilatação dos poros, por onde passam os pelos, o suor e o próprio sebo, ocorre uma dilatação: os poros são como uma pirâmide, com a base – a parte mais larga – à flor da pele. Com a produção excessiva, a parte inicial dos poros se dilata para permitir a passagem das secreções e, sem limpeza e esfoliação regulares, os poros ficam obstruídos pelas células mortas.
Poros dilatados são mais comuns na testa, bochechas e nariz. São estas as regiões em que surge o brilho da pele oleosa, que tem um prejuízo adicional para as mulheres: quem sofre com o problema sempre percebe que a maquiagem se derrete mais rapidamente, especialmente em dias de baixa umidade relativa do ar, quando as glândulas sebáceas são estimuladas, pra garantir a hidratação da pele.
A pele excessivamente oleosa não é apenas um problema estético: além de conferir um aspecto ruim e ser um dos fatores da calvície, pode levar a problemas dermatológicos. Portanto, os cuidados na limpeza, esfoliação e hidratação devem ser tomados por homens e mulheres. Os produtos indicados são os mesmos, independentemente de sexo.
Pessoas de pele negra estão geneticamente mais propensas a sofrer com poros dilatados. As etnias surgiram em regiões mais quentes, em que o organismo precisa se defender do calor e da umidade. Mas alguns cuidados básicos acabam com este problema em pouco tempo e conferem bônus: combatem espinhas, cravos e pontos escuros. Para quem não sabe, os cravos são o alimento preferido das bactérias que causam a acne.
A escolha do sabonete
Para cada de tipo de pele, há um sabonete específico para a limpeza adequada. Existem produtos indicados para o rosto e para o corpo, e o ideal é a combinação dos dois, já que uma pessoa pode ter oleosidade no rosto e pele seca nas articulações.
Quem tem a pele oleosa deve procurar sabonetes a base de ácido salicílico e enxofre, que diminuem a produção das glândulas sebáceas. No banho, temperaturas elevadas devem ser evitadas, porque o calor dilata os poros e estimula estas glândulas.
A esfoliação
É um cuidado importante para todos, especialmente para quem tem pele oleosa. A esfoliação elimina células mortas e, assim, desobstrui os poros. Para quem quer evitar o brilho excessivo, pode ser feita a cada dois dias, sem prejuízo para a pele.
Existem diversos sabonetes e cremes esfoliantes disponíveis no mercado (os melhores são os que também são antibacterianos), mas uma receita caseira dá bons resultados: uma colher de mel, uma colher de açúcar mascavo e uma colher de água morna. Basta massagear as áreas que apresentam oleosidade e lavar em água fria.
Algumas loções tônicas, formuladas com as substâncias acima indicadas, também contribuem para fechar os poros e complementam a esfoliação. Quem está em tratamento dermatológico com ácidos devem procurar produtos sem álcool, para evitar irritações e hipersensibilidade.
A hidratação
É um erro pensar que quem tem pele oleosa pode dispensar os hidratantes. Mas é importante utilizar produtos que não estimulem ainda mais a produção de sebo, o que pode provocar acne. Os produtos indicados são os géis, fluidos e séruns, cuja textura é diferente dos tradicionais cremes hidratantes.
Cuidados com a maquiagem
Poros abertos são ainda mais prejudicados por cosméticos em pó, que penetram com mais facilidade e são a causa do aparecimento de espinhas. Estas mulheres devem usar apenas maquiagem líquida e “oil free”.
Na hora de limpar o rosto, é preciso usar um demaquilante e depois lavar o rosto. Sem o demaquilante, é necessário esfregar o rosto muito vigorosamente, o que estimula a produção sebácea. Os produtos com zinco ainda tonificam a pele, conferindo mais suavidade à pele.
Tratamentos mais profundos
Existem ácidos retinoicos e glicólicos que podem ser usados em casa. É preciso cuidado para não se expor ao Sol depois da aplicação e, mesmo que o produto seja usado à noite, no dia seguinte deve-se usar bloqueador ou protetor solar com fator 50. Os ácidos devem ser receitados por um dermatologista.
Peelings químicos e mecânicos estimulam a renovação celular. Nos químicos, são aplicados os ácidos salicílico, retinoico ou a solução Jessner, em concentrações maiores do que os tratamentos feitos em casa. O tratamento deve ser realizado a cada 15 dias e a aplicação do protetor solar deve ser reforçada no período.
A luz pulsada reduz a produção sebácea e reduz os poros, mas a pele fica extremamente sensível e é preciso evitar a exposição ao Sol. O tratamento é aplicado uma vez por mês e os resultados são graduais. Em casos mais graves, é preciso fazer o tratamento regularmente, cuja periodicidade é determinada por um médico. Casos de acne em que há presença de cicatrizes podem ser corrigidos com o laser de dióxido de carbono fracionado, que permite a recuperação de áreas marcadas.