Implodir um prédio não é difícil (para profissionais, é claro). Geralmente essa prática é realizada para tornar livre o terreno que o prédio ocupa, de modo rápido e eficaz. Para tanto, todas as medidas de segurança são tomadas. Se o prédio for abandonado há tempos, basta avisar a população dos arredores sobre a explosão, e isolar a área. Se o prédio tinha ocupação, todos são avisados antecipadamente.
Olha a bomba!
Para implodir um prédio, bananas de dinamite são colocadas em pontos estratégicos. Num prédio de doze nadares, por exemplo, três ou quatro andares recebem os explosivos. Nas janelas desses andares são colocadas telas que protegem contra os fragmentos da construção, para que estilhaços não afetem as pessoas e os perigos sejam diminuídos ao máximo.
Os explosivos são colocados em lugares que fazem parte da estrutura mais forte, que mantêm o prédio em pé. Normalmente são vigas, pilastras e colunas. O fosso do elevador também ganha dinamites, pois tem a função de um pilar gigantesco, e dá firmeza a boa parte do prédio. No caso da explosão, a vantagem é que essa parte do prédio é destruída facilmente.
As bananas de dinamite têm cerca de 20 centímetros de comprimento e há em torno de 20 a 300 gramas de material explosivo em cada uma delas. As dinamites mais potentes são colocadas nos lugares mais resistentes, e cada coluna pode ter até quatro cilindros explosivos, em orifícios feitos especialmente para isso.
Detonando
Para a implosão começar, um detonador é acionado, parecido com aqueles de desenhos. Um cabo principal vai até o prédio, contendo um composto químico inflamável e dentro do prédio esse mesmo cabo ganha incontáveis ramificações. O detonador acende uma faísca que queima o conteúdo dentro do cabo até o interior do prédio.
Cada ramificação é ligada a uma espoleta, uma espécie de cápsula, responsável pela explosão de uma banana de dinamite. Os explosivos são acionados de baixo para cima e de dentro para fora. Tudo é controlado por um agente químico localizado nas cápsulas.
Esse agente funciona como um retardador, que faz o composto dentro dos fios queimar lentamente. Para as explosões de baixo, por exemplo, é usado menos agente retardador que as de cima. Apesar disso, as explosões acontecem quase ao mesmo tempo e a diferença entre a primeira e a última é menos de um segundo.
Chamem os bombeiros
Por medidas de segurança, nenhuma pessoa pode ficar num raio menor que 200 metros do prédio que será implodido. Os bombeiros são responsáveis pela evacuação e isolamento da área.
O processo é todo acompanhado por instituições responsáveis. Uma delas é o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Dispositivos que registram os tremores do solo são instalados no chão para monitorar as vibrações.