O mofo – ou bolor – não é necessariamente nocivo à saúde. A fermentação de queijos depende deles e a penicilina, medicamento que combate infecções, é apenas uma espécie de fungo que se alimenta de bactérias. Nos armários, no entanto, o mofo é um problema sério.
Geralmente, as colônias se desenvolvem em locais úmidos – como quando há encanamentos antigos junto às paredes em que o móvel está encostado. Junte-se a isto o “escurinho” dos guarda-roupas e está criado o ambiente ideal para a proliferação, que provoca mau cheiro e pode até danificar tecidos. Mas eliminar o mofo é uma tarefa relativamente simples.
Existem produtos disponíveis no mercado para evitar e combater o mofo nos armários, mas geralmente são muito caros e de curta validade. No entanto, os potinhos antimofo podem ser reaproveitados. Basta higienizá-los, secá-los totalmente, colocar pedaços de giz branco e tampar novamente. O giz é produzido a partir de sulfato de cálcio, substância inimiga dos fungos por ser higroscópica (tem a propriedade de absorver líquidos).
Com o passar do tempo, o giz acumula água, mas não é preciso trocá-lo: basta secar no forno (em baixas temperaturas) e reutilizá-lo. Gizes espalhados nas gavetas também previnem o mofo e são úteis em espaços onde o bolor já está instalado. O giz elimina o mau cheiro das roupas, e não é preciso lavá-las.
Isto é especialmente útil para manter o estado de roupas que permanecem muito tempo sem ser usadas, como edredons e casacos. Qualquer peça de roupa guardada por mais de seis meses apresenta as condições ideais para a proliferação dos fungos causadores do bolor. Roupas brancas mofadas devem ser deixadas de molho com um agente branqueador. As coloridas perdem o mofo quando ficam de molho com o sumo de meio limão.
Antes de utilizar os produtos antimofo, no entanto, é preciso verificar se não há infiltrações ou vazamentos, para prevenir o surgimento do bolor. Móveis muito úmidos favorecem o crescimento das colônias. A limpeza regular dos armários também é importante. Dá trabalho, mas é preciso retirar todos os objetos, dar uma “geral” e só recolocá-los depois de completamente secos. Abrir as portas para permitir a ventilação, por ao menos 30 minutos, é uma tarefa semanal.
É preciso lembrar que eliminar o mofo e não tomar nenhuma outra providência é apenas uma medida paliativa. Sem usar sachês e receitas caseiras, o bolor voltará a se instalar. Casas mal iluminadas e ventiladas requerem ainda mais atenção, especialmente nos períodos úmidos e frios, porque oferecem as condições ideais para a proliferação de fungos, que não apenas provocam fedor e manchas na madeira, mas também se alimentam dos tecidos das roupas e podem provocar reações alérgicas e doenças respiratórias.
Se o mofo permanecer, existem outras possibilidades. Ferver um litro de vinagre e deixar o líquido num armário fechado até que se resfrie mata a maioria dos fungos, que não resistem à volatilização do ácido acético, princípio ativo diluído do vinagre. O frasco com o líquido pode ser retirado quando atingir a temperatura ambiente.
Uma mistura de suco de limão e sal provoca o mesmo efeito. Adicionando-se uma ampola de silicone (indicado para a hidratação de cabelos), a receita elimina praticamente 100% dos fungos. É importante não deixar as roupas guardadas em sacos plásticos ou capas de tecidos sintéticos, que impedem a evaporação da água.