Para serem considerados furacões, os ventos destas calamidades precisam atingir velocidades superiores a 105km/h. Furacões se formam quando a superfície marítima é aquecida por vários dias consecutivos (atingindo temperaturas entre 26°C e 27°C), provocando aumento da umidade do ar. O vapor d’água liberado tende a se elevar, empurrando o ar frio para perto da camada mais próxima ao mar.
Furacões se formam sempre em regiões tropicais. A potência está relacionada ao calor liberado pelo vapor d’água, que se condensa e forma as nuvens da tempestade. Furacões dependem destas duas condições: superfície do mar aquecida e condensação do vapor nas camadas mais elevadas da atmosfera.
O ar frio tende a se aproximar da superfície, enquanto ao ar quente se eleva, gerando um movimento circular e aumentando a velocidade dos ventos. Este processo só é detido quando o furacão chega à costa. Sem água aquecida para alimentá-lo, o movimento perde força e extingue-se, não sem antes causar estragos.
Os furacões formam uma coluna de ar em movimento, arrastada pelas correntes marinhas. Apesar de este cone que se abre para o alto ser a principal característica, as tempestades atingem áreas num raio de quatro a seis quilômetros do centro do cataclisma, também chamado “olho”.
No Atlântico, a temporada dos furacões começa entre julho e agosto e vai até novembro. Os fortes ventos afetam principalmente o Caribe e, em menor intensidade, Açores e Ilha da Madeira. A costa sul dos EUA é afetada todos os anos; eventualmente, atingem a costa leste e o sul do Canadá.
No Pacífico, os furacões recebem o nome de tufões. A temporada começa um pouco antes: na segunda quinzena de maio, e estende-se até novembro. Atingem Indochina, litoral chinês, Japão e raramente a costa oeste dos EUA e México.
Os furacões são classificados de acordo com a velocidade do vento no interior do cone. A escala Saffir-Simpson é a seguinte:
Categoria 1: danos pequenos em casas e quarteirões. Ventos de 117 a 153 km/h;
Categoria 2: danos maiores em casas e desarraigamento de árvores. Ventos de 153 a 177 km/h;
Categoria 3: grandes árvores são arrancadas. Tetos, janelas e portas são danificados. Ventos de 177 a 209 km/h;
Categoria 4: nenhuma casa fica em pé. Danos significativos atingem o subsolo das casas. Ventos de 209 a 249 km/h;
Categoria 5: destruição de grandes edifícios. Afundamento de telhados. Danos vastos e importantes. Ventos de acima de 249 km/h.
Não havia notícia de furacões no hemisfério sul até 2004, quando foi observada a formação de um de categoria 1, a cerca de 400km da costa de Santa Catarina.
Quando se fala em furacões, logo vêm ao pensamento as destruições e mortes provocadas por eles ano a ano. No entanto, a natureza é sábia. Os fortes ventos servem para regular a temperatura do planeta e para manter o equilíbrio entre a atmosfera e os oceanos.