A rede mundial de computadores (internet) surgiu durante a Guerra Fria, período histórico marcado pela beligerância entre Estados Unidos e União Soviética, iniciado logo após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em que as duas potências disputavam hegemonia. Nos auge da crise, nos anos 1960, foi criada a ARPA (sigla em inglês para Agência de Pesquisa de Projetos Avançados, subordinada ao Departamento de Defesa dos EUA), o precursor da internet. Em 1969, a agência criou a ARPAnet.
Inicialmente, o objetivo era a manutenção das comunicações no caso de um confronto direto, em que os meios convencionais – telefone, rádio e TV – fossem destruídos ou seriamente prejudicados, além de garantir que dados importantes do governo estivessem espalhados em vários locais do planeta, em vez de agrupados num só servidor.
Isso começou a mudar na década de 1970, em que os meios acadêmicos se apropriaram da rede e passaram a trocar mensagens, descobertas e criações pela rede mundial, que logo se transformou num meio de transmissão de aprendizado democrático e rápido.
Em 1982, foi criado o TCP-IP, protocolo padrão da rede. No ano seguinte, a parte militar foi separada da ARPAnet e em 1985, surgiram os primeiros domínios (.edu, .org, etc.). Mas foi só nos anos 1990, com o uso mais disseminado dos computadores e a consequente redução dos preços, que a internet começou a se tornar popular.
Em 1991, a European Organization for Nuclear Research tornou o acesso mais rápido e simples, criando o serviço www (world wide web). Até então, a internet era uma ferramenta para técnicos. O www permitiu a criação de endereços amigáveis (como os sites atuais), facilitando a navegação para leigos.
Na metade desta década, a rede já era discretamente visível aqui no Brasil, com seu barulhinho característico: a linha telefônica “conversando com o modem” para acessar a rede, na conexão discada, em que a linha telefônica ficava ocupada durante todo o tempo da navegação.
Hoje, menos de 15 anos depois, quase 74 milhões de brasileiros têm acesso à internet: em casa, no trabalho, na escola ou nos telecentros, em computadores, celulares G e tablets. Alguns municípios dispõem banda larga gratuita para a população, como Campo Bom (RS), Itanhaém (SP), além de um projeto especial para a Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Além disso, mais de 300 cidades brasileiras aderiram ao Programa Nacional de Banda Larga. Nestes locais, os provedores garantem planos a partir de 35 reais por mês.