Para extrair o petróleo são necessárias algumas etapas, que mudam dependendo de quão fundo ele está. A extração nas camadas mais superficiais do solo é menos trabalhosa, ao contrário das mega reservas, quando o óleo está a milhares de metros abaixo da superfície da água.
O campo de Tupi, na bacia de Santos tem petróleo para encher 8 bilhões de barris. A dificuldade de tirar todo esse produto se deve ao fato da distância de 300 km da costa, atrasando o transporte após a retirada. Além disso, o óleo está situado a 7 km abaixo do nível do mar, entre rochas embaixo de 2 km de sal. Será necessária muita grana para podermos finalmente ver o negro brilho do petróleo da bacia de Santos.
Extração Negra
1. Primeiro é necessário encontrar o petróleo através da sísmica. Uma embarcação contendo cilindros com ar pressurizado navega pelo mar soltando ar de vez em quando. A ondas sonoras que atingem o solo e voltam para o navio são captadas pelos hidrofones presos ao barco e transcrito em figuras. A representação do solo permite que especialistas analisem as camadas e vejam onde está o petróleo.
2. Depois de encontrado o local, começa a perfuração para chegar ao óleo. A perfuração é iniciada com o BOP, que consiste num grupo de válvulas controladoras da pressão. Desse modo, o petróleo não vai para as águas. Após a perfuração, começa a extração em si, controlada por um dispositivo semelhante a um pinheiro.
3. Brocas com 50 cm de diâmetro são usadas inicialmente, com corpo de aço e ponta com fragmentos de diamante. Uma espécie de lama resfria as brocas, lubrificando-as. Alguns pedaços de rocha acabam subindo à tona, onde são coletados para estudos.
4. O processo não é ininterrupto. Algumas pausas ocorrem para aplicação de cimento, no caso de reforço do poço, ou para mudar as brocas. No momento da troca, o cimento é lançado pelo cano onde a broca está, preenchendo os lados. Assim que as paredes ganham forma, uma broca menor dá continuidade ao trabalho da anterior.
5. Após ultrapassar a pastosa camada de sal, o pré-sal, chega-se ao petróleo propriamente dito. Uma espécie de caminhão em miniatura abre caminho entre as rochas, por meio de explosões, abrindo rachaduras. Essas aberturas são aumentadas com gases, e através delas o gás natural e o óleo atingem o poço. A própria pressão do lugar faz com que o material suba até as plataformas, onde é processado e armazenado.