A Segunda Guerra Mundial foi um conflito iniciado na Europa em 1939, com a invasão da Polônia pela Alemanha. O então líder alemão, Adolf Hitler, alegava necessidade de “espaço vital” para invadir o país vizinho. França e Inglaterra se posicionaram contrárias à invasão e a guerra estourou. Um ano antes, no entanto, a Alemanha havia anexado a Áustria e a comunidade internacional não reagiu.
Mas a geração do “ovo da serpente” (filme de Ingmar Bergman sobre as condições sociais e econômicas da Europa nos anos 1930) aconteceu antes. Alemanha, Itália, Portugal e Espanha, além de países balcânicos, passaram por sérias crises econômicas, comprometendo emprego e renda. Esta situação miserável propiciou a eclosão de regimes autoritários, como o nazismo alemão, com Hitler, e o fascismo italiano, com Benito Mussolini. Na Espanha, o general Francisco Franco, com a ajuda desses dois amigos, derrubou o governo e instalou-se no poder em 1938, só saindo com a sua morte, em 1975.
Esses governos fomentavam no povo um forte sentimento nacionalista. A negação aos direitos das minorias tornou-se regra: judeus, ciganos e homossexuais passaram a ser perseguidos sistematicamente, o que culminou na adoção da “solução final”, com o extermínio de milhões de vidas.
Fenômeno semelhante ocorreu no Japão, que também se rendeu à ultradireita. O governo japonês tinha planos de anexar a China ao seu império. O Japão invadiu a China em 1937, provocando protestos do governo dos EUA, que tinha fortes interesses comerciais da região. Os EUA determinaram o embargo das exportações para o Japão, o que deixou as relações dos dois países ainda mais tensas, até o ataque japonês à base aérea de Pearl Harbour (Havaí), em 1941, que foi a senha para os norte-americanos declararem guerra.
Alguns historiadores consideram que o Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, é também causa da Segunda, pelas condições humilhantes impostas à Alemanha, derrotada no conflito, mas é mais exato dizer que este tratado amplificou as causas, mas não as criou. Os três países do Eixo – Alemanha, Itália e Japão – tinham objetivos expansionistas evidentes. Hitler afirmava que era preciso dominar o continente europeu, enquanto os japoneses não escondiam suas pretensões imperialistas. O Memorando Tanaka, por exemplo, afirma que a China era apenas o primeiro passo para o domínio da Ásia e, em seguida, os canhões japoneses tinham como alvo os EUA.
Por outro lado, EUA e União Soviética perceberam a janela de oportunidade aberta para conquistar a hegemonia do mundo. Numa guerra, quem conta a história são os vencedores. É impossível avaliar os efeitos de uma vitória do Eixo no conflito, que se arrastou até 1945.