Ela é utilizada tanto por correio quanto pela internet. É preciso ter cuidado: muitas empresas exigem a carta de apresentação (em muitos sites, é destinado um espaço para incluí-la antes do currículo), como forma de avaliar a capacidade de o candidato se expressar por escrito. É uma forma de marketing pessoal: informa quem está se apresentando e apresenta resumidamente as qualificações, que serão aprofundadas nos demais documentos.
Outras empresas ignoram totalmente a carta de apresentação (que, nestes casos, não deve ser anexada). Mas quando é solicitada, trata-se de um item fundamental. Porém, não deve ser longa: mais de quatro parágrafos simplesmente deixam de ser lidos pelos contratantes.
A primeira impressão é a que fica e, no caso, a carta de apresentação é esta primeira impressão. Objetividade, clareza e concisão são pontos importantes neste contato. Cartas muito prolixas ou com informações inúteis, como afirmar ser proativo, ter capacidade de inter-relacionamento pessoal, sem que isto seja acompanhado por exemplos práticos, cansa o recrutador. É preciso lembrar que ele lê dezenas, talvez centenas de cartas em um único dia.
Se o nome da empresa for conhecido, aproveite para pesquisar também sobre as atividades desenvolvidas. Verifique a posição que ela ocupa no mercado, eventuais produtos inéditos lançados pela empresa, etc. Se o envio foi motivado por uma indicação pessoal, cite o nome do contato, mas apenas se estiver aprovado para fazer isto.
Como fazer carta de apresentação
Pessoas com muita experiência enfrentam problemas para resumir sua trajetória, enquanto os inexperientes não sabem o que escrever. No entanto, redigir uma carta de apresentação é bem simples: deve-se iniciar dirigindo-se à empresa ou, caso este dado não tenha sido divulgado, com um “prezado entrevistador”. Se a vaga ainda não estiver aberta, a carta deve ser encaminhada para o departamento de recursos humanos, registrando “assunto: currículo”.
Evitar erros de português é fundamental. Se o candidato não tiver segurança na grafia, é preciso encontrar um revisor de confiança ou, em último caso, apelar para o dicionário. O mau uso do idioma é o primeiro critério de desclassificação. Outro ponto importante são as negações: informar que não fala inglês ou não domina determinado software soa mal para o recrutador. Quando não se tem determinada qualificação, o melhor a fazer é omitir a informação e deixá-la para o momento da entrevista.
Quem está iniciando a carreira e não tem experiências para apresentar deve se centrar nas atividades escolares e nas habilidades que consegue desempenhar bem. O trabalho voluntário em ONGs e instituições sociais ajuda a tornar o candidato mais consistente: demonstra iniciativa e capacidade de se relacionar em equipe. Podem ser campanhas de arrecadação, visitas a hospitais, etc.
É preciso colocar características pessoais e profissionais que de alguma forma destaquem as qualificações e a própria vivência. As informações sobre o trabalho não precisam ser detalhadas, já que estarão destacadas no corpo do currículo. Se não houver uma vaga já definida, é importante ressaltar os pontos fortes: mencionar o cumprimento dos requisitos logo no início da carta de apresentação ajuda a chamar a atenção do entrevistador.
A pretensão salarial deve ser indicada claramente, mesmo que isto não esteja explicitado no anúncio. O candidato deve conferir o salário médio da profissão (existem muitos sites de consultoria em recursos humanos que podem ajudar na pesquisa). É necessário levar em conta também o porte da empresa.
Antes do envio, é preciso reler a carta de apresentação, conferir possíveis erros e verificar se as informações estão colocadas em ordem lógica. Fotos devem ser anexadas apenas quando existe esta solicitação pelo contratante.
O documento deve ser redigido em papel A4 ou carta (no sentido vertical), preferencialmente de cor branca ou em um tom suave. Evite tons chamativos e o abuso de cores, tipos de letras, negritos e italizados, porque estas características destroem o tom sóbrio.