Conheça mais sobre a carboxiterapia, suas vantagens e desvantagens.
A carboxiterapia é um tratamento estético minimamente invasivo, que consiste numa série de injeções de dióxido de carbono (CO2) sob a pele, com o objetivo de eliminar estrias, celulite, gordura localizada e flacidez. O procedimento é utilizado também para estimular o crescimento dos cabelos e para atenuar microvarizes. O gás age provocando a vasodilatação, o que melhora a circulação celular e a oxigenação dos tecidos; posteriormente é eliminado pela respiração. É um dos métodos mais utilizados nas clínicas de estética. Pode ser aplicado em diversas áreas do corpo: rosto, abdômen, nádegas, costas, coxas e braços.
A carboxiterapia age de diferentes maneiras: no rosto, estimula a produção de colágeno e de fibras elásticas, promovendo o rejuvenescimento e eliminando olheiras.
Nos glúteos, reduz a celulite. Fortalece a absorção de sais e vitaminas pelos folículos pilosos, fazendo os cabelos crescerem mais fortes e destrói as membranas das células de gordura, eliminando pneuzinhos e culotes.
Nas estrias, o gás entra com fluxo alto, provocando um barotrauma (trauma relacionado a variações de pressão no interior do corpo). A lesão posteriormente é
cicatrizada e absorvida. Com isto, parte da estria é eliminada, as bordas se aproximam e ficam menos visíveis.
O procedimento é indicado também após cirurgias de lipoaspiração, para impedir o desenvolvimento de fibroses (desenvolvimento anormal do tecido conjuntivo em processos de cicatrização).
Mas nem tudo são flores. A carboxiterapia é bastante dolorosa: a entrada do dióxido de carbono provoca descolamentos da pele, ardência, vermelhidão e pequenos hematomas, que podem perdurar por algumas horas após as sessões (entre dez e 20, de 20 a 30 minutos cada, de acordo com as condições físicas da paciente, realizadas semanal ou quinzenalmente), mas nunca são permanentes. Durante a aplicação, o gás provoca sensação de dormência no local. O inchaço local desaparece poucos minutos depois.
Nas aplicações em áreas expostas à luz (rosto e braços, por exemplo), é preciso aplicar protetor solar de ao menos 30FPS, para evitar o surgimento de manchas na pele.
A quantia de gás, nas primeiras sessões, é reduzida, aumentando à medida que a paciente se acostuma com a técnica. Como dizem os ingleses, “no pain, no gain”. Mesmo assim, é possível retomar as atividades cotidianas logo após a sessão. As diferenças podem ser observadas a partir da terceira sessão, especialmente quando o objetivo é reduzir medidas, e desde o início do tratamento já se pode perceber maior suavidade da pele. Um tratamento de dez sessões custa R$ 1.000, em média.
As contraindicações
A carboxiterapia apresenta bons resultados para mulheres com problemas de gordura localizada, mas apenas para aquelas com sobrepeso. Quando o Índice de Massa Muscular (IMC) é maior do que 30 (o que indica obesidade), o procedimento não surte efeitos, porque os depósitos de gordura estão espalhados em áreas muito amplas.
Na gravidez e lactação, a carboxiterapia também deve ser evitada. Outras condições médicas que impedem o procedimento são doenças cardíacas, pulmonares, distúrbios psiquiátricos, epilepsia e problemas de pele: alergias, urticária, acne, herpes, infecções, angioedemas (inchaços semelhantes à urticária, mas subcutâneos), anemia, neoplasias e gangrena. Desequilíbrios hormonais também contraindicam a carboxiterapia, razão por que mulheres na adolescência devem evitar o procedimento. Os níveis de hormônio tendem a se estabilizar por volta dos 19 anos.
Existe ainda a chance de formação de coágulos, que podem ficar no vaso sanguíneo ou depositar-se em algum órgão. Por exemplo, se o coágulo seguir para um pulmão, pode provocar uma embolia. Mas este é um problema que afeta um número mínimo de mulheres e parece estar relacionado a outras condições, como o uso de alguns anticoncepcionais.
Quem é intolerante à dor ou tem medo de agulhas deve procurar outras técnicas, como a drenagem linfática e a cavitação. As agulhas usadas na carboxiterapia são ultrafinas, semelhantes às utilizadas pelos diabéticos, e apenas injetam gás na região em tratamento, mas muitas pessoas têm fobia por qualquer tipo de agulha.