Cachorro de três pernas se supera e aprende a andar “em pé”

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Após ser atropelado, este cachorro de três pernas aprendeu a andar sobre as patas traseiras.

Quem anda pelas ruas de Ouray, uma pequena cidade no Colorado (oeste dos EUA), de apenas 800 habitantes, pode se deparar com um morador ilustre do município: Dexter, um cachorro de três pernas, que sofreu maus tratos – envolveu-se em um acidente automobilístico quando ainda era filhote –, superou obstáculos e hoje é capaz de andar “em pé”, isto é, sobre as patas traseiras.

O cachorro “bípede” faz tanto sucesso que já tem páginas próprias nas redes sociais, além de ser objeto de diversas reportagens de jornais e emissoras de TV. No Facebook, no Tik Tok e no Instagram, Dexter está sempre viralizando, seguido sempre de perto por mais de um milhão de internautas. Ele tem também um canal especial no Youtube.

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Não é para menos. O springer spaniel inglês marrom e branco desenvolveu uma habilidade muito característica: andar sobre as patas traseiras, com o corpo ereto, imitando a postura corporal humana. Dexter não dá apenas alguns passos: ele caminha longas distâncias. O fenômeno conquistou os moradores de Ouray e milhões de fãs na internet.

A carreira de Dexter

Quando filhote, o cachorro foi vítima de um atropelamento. Socorrido e levado ao hospital veterinário local, os médicos rapidamente perceberam que teriam de amputar uma das pernas dianteiras. A outra teve danos severos, especialmente nas articulações, que exigiram seis procedimentos cirúrgicos.

O cachorro não recebeu nenhum tratamento especial depois de se recuperar do acidente. Dexter se submeteu a algumas sessões de fisioterapia, apenas para melhorar os movimentos do braço operado.

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Dexter tem uma cadeira de rodas para se movimentar, mas prefere se mover de uma forma que ele próprio criou, sem ajuda de ninguém. O peludo simplesmente eleva o tronco e a cabeça e passa a caminhar como os humanos.

Dexter, atualmente com sete anos de idade, serve de exemplo e inspiração para muitas pessoas. Com esforço próprio, ele não apenas encontrou uma forma de se locomover, mas de fazê-lo com muita eficiência: o peludo é rápido e incansável, mesmo já podendo ser considerado um animal idoso.

O tutor de Dexter, Kentee Pasek, contou à reportagem que o cachorro sempre foi muito ativo e curioso – este foi um dos motivos do atropelamento: ele saiu correndo, escapou do quintal e atravessou a rua sem olhar para os lados.

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O springer spaniel foi desenvolvido, no século 19, para ser um cão de caça. O nome da raça vem do verbo “spring” (saltar, em inglês). Os ancestrais de Dexter se especializaram em levantar a caça: fazê-la sair do esconderijo, para que os caçadores pudessem alvejá-la.

Apesar da tendência às artes, os cães da raça, assim como Dexter, são animais amorosos, inteligentes, agradáveis e sempre dispostos a obedecer, apesar de se dedicarem especialmente a apenas um dos membros humanos da família.

Pasek garante que Dexter aumentou o número de turistas que visitam a região montanhosa de Ouray: “Sei que as pessoas vieram à cidade apenas para vê-lo”, disse o tutor orgulhoso ao Canal Fox. O cachorro está se tornando uma atração turística.

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Brincadeiras à parte, o tutor diz que o sucesso de Dexter pode ser explicado porque ele lembra às pessoas que podemos nos adaptar a tudo, não importam as condições. A presença dele em programas de TV, noticiários, desfiles na cidade e postagens nas redes sociais faz bem a quem o vê, sempre alegre e disposto.

Pasek passou a se dedicar à “carreira” de Dexter de forma integral. O número de pessoas que demanda informações e imagens do cachorro sempre foi imenso, mas aumentou bastante durante a pandemia de Covid-19. Diz o tutor: “As pessoas estavam entediadas e não sabíamos o que iria acontecer. Então, Dexter surgiu para mostrar que a vida nem sempre é fácil, mas é sempre boa”.

Dexter desenvolveu uma técnica para andar como os humanos, mas ele tem algumas coisas para ensinar a nós. Para finalizar a entrevista, o tutor disse:

“Acho que Dexter ensina que nós temos as coisas muito bem definidas, da forma como a vida deveria ser, mas, na realidade, não temos nenhum controle sobre a vida. Se parássemos de ficar o tempo todo lamentando o passado ou nos preocupando com o futuro, poderíamos viver o presente mais e melhor. É isso que Dexter quer que as pessoas saibam”.