Refrescante, barata, de preparo rápido, com poucas calorias, ajuda a saciar a vontade por doces. Esta é a gelatina. Mas ela não é indicada apenas para quem tem problemas com a balança: seus benefícios vão muito além. A gelatina não tem nenhum tipo de gordura e é composta basicamente por aminoácidos, proteínas que auxiliam na síntese e renovação do colágeno, responsável pela manutenção dos ossos e articulações.
Um bônus extra: o colágeno fortalece a pele, cabelos e unhas, conferindo maior resistência e brilho, e contribui para evitar o envelhecimento precoce. À medida que envelhecemos, a pele perde a elasticidade e firmeza naturais, fato que gera o surgimento de linhas de expressão e rugas. O colágeno da gelatina retarda este processo, permitindo a aparência jovial por mais tempo.
Dos dez aminoácidos necessários à nutrição humana – aqueles que não são sintetizados pelo organismo e precisam ser adquiridos pela alimentação – a gelatina oferece nove. Fica faltando apenas o triptofano, que estimula a produção da serotonina, neurotransmissor responsável, entre outras funções, pela sensação de bem estar.
A gelatina não engorda. Apesar de ter muito açúcar, tem também muita água, o que faz com que a maior parte dos açúcares seja eliminada na digestão. Além disto, quem está preocupado com o peso pode optar pelos produtos diet ou light, sempre consultando os rótulos. Existem também opções sem açúcar. A redução calórica também é importante: enquanto cem gramas do produto normal fornecem 380 quilocalorias, há versões dietéticas que fornecem apenas sete.
Uma vez que ela não é metabolizada pelo estômago, ajuda a hidratar os intestinos, contribuindo para impedir as aderências responsáveis pela prisão de ventre e retenção de líquidos, além de reduzir a absorção de carboidratos. Mesmo assim, a gelatina permanece por um tempo considerável entre o estômago e o duodeno, conferindo sensação de saciedade.
A sobremesa pode ser incrementada com a adição de frutas, como abacaxi, morango ou pêssego. Os pedaços de frutas devem ser colocados na água quente, antes do preparo da gelatina: praticamente todos os nutrientes serão mantidos, conferindo um diferencial e também maior valor nutricional ao doce.
A gelatina é produzida a partir de pele, tendões, articulações e cartilagens de animais, como vacas e porcos. Mas os vegetarianos não precisam se privar desta iguaria: em lojas especializadas, pode ser adquirida a gelatina ágar-ágar, produzida com matéria prima vegetal e sem corantes, mas, neste caso, o colágeno não está presente.
Consumida regularmente, a gelatina ajuda a regular os níveis de triglicérides e colesterol no sangue, além de controlar a glicemia (nível de açúcar no organismo). Rica em proteínas, fortalece os ossos e auxilia na prevenção e tratamento da osteoporose e artrose. Atletas e praticantes de exercícios também são beneficiados. A gelatina aumenta a resistência física e reduz o impacto sobre as articulações.
O colágeno impede a deformação de tecidos que formam e mantêm tendões, ossos, pele e cartilagens, auxilia os processos de cicatrização e de recuperação de lesões.
Quem não gosta da gelatina simples, pode dissolver uma colher de chá do pó num pote de iogurte natural, no café da manhã. Isto garante o suprimento diário de colágeno que o organismo necessita. Pode-se utilizar o pó também no preparo de mousses, tortas, bolos e sorvetes. Quem não suporta a gelatina, mesmo nestas receitas, pode ingerir cápsulas diárias, encontradas em farmácias.
A gelatina também é útil para prevenir e combater a obesidade infantil. Por ser muito colorida e adaptar-se a diversos formatos, o doce faz a festa da criançada e substitui, com muitas vantagens, sobremesas calóricas. A variedade é imensa, inclusive cortando cubos de várias cores. Basta deixar gelar, desenformar e cortar com linha.
Garantir a saúde e a beleza do corpo, no entanto, não é tarefa para apenas um alimento. A gelatina não é miraculosa: precisa estar aliada a uma dieta balanceada e exercícios físicos.