A Atlântida é uma ilha lendária situada no oceano Atlântico, a oeste dos montes Atlas (Marrocos e Saara Ocidental). O filósofo grego Platão cita a existência desse poderoso reino em suas obras “Timeu” e “Crítias”, há cerca de 9.500 anos. A Atlântida teria colonizado trechos da costa europeia e africana, mas depois de uma tentativa fracassada de conquistar Atenas, a ilha teria afundado no mar em apenas um dia. Atenas era dedicada à deusa Atena, enquanto as ilhas eram território de Posêidon, deus dos mares.
A lenda diz que no centro de Atlântida vivia uma jovem chamada Clito, por quem Posêidon se apaixonou e com quem teve cinco pares de gêmeos. Cioso da sua amada, o deus cavou dez fossos circulares na ilha, para impedir que outro pretendente se aproximasse. Os dez filhos do casal governavam os círculos de terra concêntricos que formavam a Atlântida, ligados por pontes. Uma vez por ano reuniam-se no centro da ilha e praticavam rituais em honra de Posêidon. Platão não economiza adjetivos para descrever a prosperidade do local.
Existem diversas teorias para entender o desaparecimento de Atlântida. Alguns afirmam que a ilha foi atacada por guerreiras amazonas, outros que os atlantes, prevendo o cataclisma, migraram para o continente e seriam os ancestrais dos egípcios.
A Lemúria é mais recente. As primeiras informações sobre este continente, situado no oceano Pacífico ou no Índico, datam do século XIX. A Lemúria teria existido na pré-história (cerca de seis mil anos atrás) e submergido por causa de alterações geológicas. As descrições sobre a Lemúria são vagas e muito conflitantes.
Os teosóficos, seguidores do movimento fundado por Helena Blavatsky em 1875, acreditavam que os seres humanos estavam no quinto estágio, muito semelhante ao estágio anterior, que teria se iniciado na Atlântida. Mas o terceiro estágio (ou raça, em alguns estudos) seria muito diferente: teriam esqueleto cartilaginoso, três olhos (o terceiro na nuca, que teria atrofiado e originado a glândula epífise, na qual estariam sediados os poderes paranormais). Estes homens do terceiro estágio teriam habitado a Lemúria.
Os cientistas atuais entendem que as condições geológicas do planeta impedem o afundamento de um continente. Eventualmente, algumas ilhotas e ilhas planas podem desaparecer.
A existência de continentes desaparecidos parece estar relacionada à teoria do eterno retorno, defendida por Platão. O mundo percorreria ciclos muito longos, de cerca de dez mil anos, conhecendo o desenvolvimento, apogeu e decadência. Findo este ciclo, tem início um novo. Assim, a existência da Atlântida seria apenas um exemplo concreto, para facilitar o aprendizado dos discípulos.