Situada no estreito Bhering, as Ilhas Diomedes pertencem ao EUA e a Rússia. O arquipélago é composto por Diomedes menor, pertencente ao EUA, e Diomedes maior, pertencente a Rússia. As duas ilhas são separadas por uma faixa de água de apenas 4km. Supõe-se que essa ilhas foram caminho dos primeiros homens que atravessaram da Ásia em direção a América; povos nômades que colonizaram o continente americano e nele se fixaram.
Entre as ilhas passa uma linha imaginária chamada de Linha Internacional de Data, onde ao cruzá-la é implicada uma mudança de data obrigatória. Ao cruzar essa linha de leste para o oeste, ou de Diomedes menor a maior, soma-se um dia. Assim, o fuso horário entre as ilhas é de nada menos que 24h!
As ilhas, na guerra fria representavam, naquela região, o conflito psicológico que se desenrolava entre EUA e Rússia na década de 60. Os habitantes das ilhas antes da colonização não podiam se comunicar e nem circular entre elas, criando assim a expressão “cortina de gelo” (uma referência a expressão criada por Winston Churchill, “cortina de ferro”).
Em 1987, uma nadadora americana chamada Lynne Cox, atravessou os poucos quilômetros que separavam a ilhas, em águas muito gélidas, para reivindicar a paz entre as potências que já almejavam estreitar seus laços. Ela foi saudada pelos líderes Mikhain Gorbachev e Ronald Reagan.
Há anos está em discussão o projeto de uma ponte que ligaria o Alaska e as ilhas até o extremo oriente russo, ela seria chamada de Ponte Intercontinental da paz. Essa ponte permitiria o livre trânsito dos habitantes de um dos lugares mais isolados do mundo.