As crateras da Lua

A Lua é apenas uma dos mais de 150 satélites naturais do Sistema Solar. Nosso vizinho Marte tem dois. Júpiter até agora, tem 63. Mas a tarefa da Lua é das mais importantes, por exemplo, o equilíbrio das marés. Além disso, funciona como uma espécie de anteparo, protegendo-nos de meteoros, corpos celestes responsáveis pelos tremendos choques que abriram as crateras da Lua.

A Lua não possui atmosfera, que entre outras coisas, impede que a maior parte dos meteoritos chegue à superfície e cause sérios danos. Por isso, ela (e todo o Sistema Solar) foi bombardeada por uma chuva de meteoros, ocorrida há cerca de quatro bilhões de anos. Os planetas gasosos – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno – foram os menos prejudicados. Os “sem-atmosfera” foram os que mais sofreram.

Apenas por curiosidade, quando pequenos asteroides saem vagando pelo Sistema Solar, recebem o nome de meteoroides, ao entrar na atmosfera de um planeta, tornam-se meteoros, e apenas quando atingem a superfície são considerados meteoritos.

Algumas crateras da Lua são visíveis da Terra a olho nu, mas a maioria delas está no lado oculto do satélite: a rotação (o giro sobre seu eixo) e a translação (uma órbita completa em torno da Terra) da Lua duram o mesmo tempo; isto determina que o satélite mostre sempre a mesma face para quem está na Terra.

A Terra tem outras proteções. O vento ajuda a empurrar partículas para cobrir os buracos e a água da chuva pode transformar uma cratera em um lago. A Lua não tem vento, nem água. Na verdade, cientistas afirmam que existe água, mas congelada no fundo das crateras. De qualquer forma, a maior quantidade já mensurada é de 155 litros, o equivalente ao gasto num ciclo completo de uma lavadora de roupas.

A Lua foi o alvo de uma corrida astronáutica entre EUA e a antiga URSS, entre os anos 1950 e 1960. A URSS saiu na frente. Em 1961, o russo Yuri Gagarin foi o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra (foi ele quem disse: “A Terra é azul), mas os astronautas americanos chegaram ao satélite. Neil Armstrong foi o comandante da Apolo XI, primeira expedição a pousar na Lua. Ao pisar o solo lunar, o comandante disse (em rede, para todo o mundo): “um pequeno passo para um homem, um grande passo para a humanidade”.

As crateras da Lua são responsáveis pelos contrastes que vemos na sua superfície. Bem antes de os astrônomos chegarem a esta conclusão, os homens já buscavam motivos para explicar as sombras lunares: já foram vistas como o primeiro assassino bíblico, Caim, carregando um fardo de ramos espinhosos e, mais recentemente, com São Jorge, com direito a cavalo e tudo, matando um dragão.

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